Tudo indica que os protestos anunciados para a manhã deste sábado e de domingo por barraqueiros, comerciantes e outros segmentos de trabalhadores no Distrito de Outeiro, em Belém, serão suspensos. As manifestações previam cobrar providências da Prefeitura de Belém e do governo do Estado com relação aos problemas acarretados com o desabamento da ponte de acesso à Ilha de Caratateua, que conta mais de 100 mil habitantes parcialmente isolados diante das dificuldades de transporte, agora restrito a uma balsa – os navios foram retirados da linha -, e sem abastecimento desde a interrupção do tráfego rodoviário. Com a chegada das férias escolares, os barraqueiros, principalmente, se dizem os mais prejudicados com o atraso na conclusão da obra.
Liberação tem data marcada
Vídeo que circula nas redes sociais desde ontem aponta que líderes comunitários se reuniram com representantes da empresa responsável pela recuperação da ponte e foram informados de que o acesso será liberado para veículos pequenos a partir do próximo sábado, 9, depois de mais um teste de segurança. A informação deve desmobilizar as manifestações, mas é fato que a medida não atende plenamente a todos os segmentos.
A indústria moveleira de Outeiro está parada desde o início do ano porque não há como receber material para produzir. Barraqueiros e comerciantes que já deveriam estar se preparando para a alta temporada do veraneio entregam barracas e prédios alugados porque, sem faturamento, não há como honrar compromissos. A mesma situação aflige a população, que se obriga a enfrentar grandes filas nos portos por até três horas para se deslocar entre a capital e o distrito.
Menos mal que o aceso será liberado para pequenos veículos. Resta esperar – e torcer – pela segurança de quem se arriscará na travessia.
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Todo cuidado é pouco:
ponte re-reinaugurada
em Bragança já caiu…
Lembra o episódio bizarro envolvendo o prefeito de Bragança, Raimundo Oliveira, e o governador do Pará, durante a inauguração da reforma em cabeças de ponte de 25 metros construída no governo Almir Gabriel?
Pois é: a ponte caiu, uma vez recuperada no calor da gastança desenfreada das obras públicas, e está interditada de novo, em um sentido.
Por conta disso, o bom humor do povo de Bragança batizou a ponte “Ponte do milhão”.
Égua, não!
Também em Bragança, tem posto de gasolina vendendo diesel a R$ 7,82. No entanto, o posto de gasolina da filha de uma autoridade do município, que abastece a frota da prefeitura, cobra R$ 8,63 nas transações com o prefeito. Deve ser o único “Posto Ipiranga” desafamado no Brasil.