Muita água ainda deve passar por debaixo dessa Ponte de Outeiro até que seja concluída e acabe com o sofrimento da população da Ilha de Caratateua. Ao anunciar, com pompa e circunstância – tendo ao lado seu “mascote” municipal, o prefeito Edmilson Rodrigues -, o Consórcio Revitalização como responsável pela obra, sua excelência o governador Helder Barbalho causou novo espanto nas redes sociais: senão pelo custo, de R$ 64, 9 milhões, por não citar as empresas que compõem o consórcio. A coluna foi atrás e identificou: das três empresas, duas são de fora do Estado; a outra é genuinamente paraense, criada há apenas um ano: a Maar Navegação e Terminais, de propriedade de Alfredo Rodrigues Cabral Neto, sobrinho do ex-senador e operador da família Barbalho Luiz Otávio Campos, o popularmente conhecido “Pepeca”.
Luiz Otávio Campos tem uma longa história com a família do senador Jader Barbalho, mas esses detalhes sórdidos ficam por conta dos historiadores. Para encurtar conversa, Pepeca chegou a ser preso por ordem do então governador Jader Barbalho, de quem viraria amigo de copa e cozinha, chegando a ocupar cargos importantes em Brasília quando o atual governador, Helder Barbalho, foi ministro. Pois bem, com a contratação da Maar Navegação e Terminais, de seu sobrinho, Pepeca mostra que segue firme e forte no jogo do Estado. Detalhe: a empresa líder do consórcio tem como principal atividade, segundo a Junta Comercial do Pará, “transporte por navegação interior de carga”.
Empresa sem experiência no ramo
Como se pode conferir em documentos oficiais, a Maar não tem nenhuma experiência em obras dessa envergadura e muito menos experiência em outros trabalhos similares, já que tem pouco tempo no mercado. E na razão social da empresa, a atividade principal passa longe de execução de obras do porte de uma ponte como a de Outeiro, que vai exigir expertise para que aconteça de forma segura e acelerada e, enfim, para por fim ao sacrifico diário dos usuários de Outeiro. Veja o vídeo.
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Papo Reto
- Internet gratuita no Pará é potoca, isto é, o tal Conecta Pará parece estar morto e sepultado. Nem a deputada Nilse Pinheiro (foto), ardente defensora do projeto – tanto quanto o senador Jader Barbalho – que tocar no assunto. O cemitério atende pelo nome de Sectet.
- Aliás, observadores da cena chamam a atenção para o zelo com que a Secretaria trata projetos oriundos da Universidade Federal do Pará.
- A OAB Pará deve deflagrar a partir da próxima semana o processo de escola de candidatos ao desembargo, vaga aberta com a aposentadoria do desembargador Milton Nobre, pelo Quinto Constitucional.
- Na última semana, o advogado Carlos Khayath, que foi sem nunca ter sido o preferido do governador Helder Barbalho para a vaga visitou a Ordem em busca de informações sobre o processo. Muito justo
- O que se diz, na Ordem, é que o ex-presidente Jarbas Vasconcelos desistiu da disputa pela vaga ao desembargo depois da derrota da chapa da chapa de oposição, encabeçada por Sávio Barreto. Faz sentido.
- O promotor de Justiça de Meio Ambiente e Patrimônio Cultural, Benedito de Sá, conseguiu obrigar, na Justiça, Cosanpa e governo do Pará a restaurar a Caixa D’água de São Brás.
- O monumento é um bem patrimonial, histórico e turístico tombado construído em 1885 por Gustave Eiffel e está em péssimas condições de conservação.
- A Justiça Federal indeferiu liminarmente pedido de duas advogadas para suspender os efeitos de portaria da OAB que exige, como condição de ingresso às dependências da sede, em Belém, a apresentação do comprovante de vacinação contra a Covid-19.