Universidade Federal Rural da Amazônia, através da reitora Herdjânia Veras, assinou termo de cooperação que prevê estudos e pesquisas, recuperação de solos em áreas degradadas e produção de ostras, com investimentos de R$ 10 milhões/Fotos: Divulgação

Dizem que os chineses ‘estão apostando realmente’ no potencial produtivo do Pará, mas, todo cuidado é pouco. Hoje, foi assinado termo de cooperação entre a Universidade Federal Rural da Amazônia, a Ufra, a Universidade de Hohai e a Zhuhai Sino-LAC Supply Chain Co, ambas da China, que prevê estudos e pesquisas conjuntos no desenvolvimento de biofertilizantes para aplicação em diversas culturas e na recuperação de áreas degradadas para aumento do potencial produtivo do Estado.

A multinacional Sino-LAC bancará o programa de mútua cooperação entre as universidades com investimentos em pesquisa de cerca de R$ 10 milhões no planejamento e ampliação de parcerias científicas e comerciais, com interesses na área de psicultura e criação de ostras, além de estudos para investimento em infraestrutura. 

O foco chinês através da Ufra é fortalecer a cadeia produtiva, diminuindo custos e aumentando a produção da cadeia e a oferta de proteínas vegetais e animais. Afinal, a fome chinesa é a maior do mundo.

Toma lá, dá cá

Não é de hoje que os chineses rondam a Universidade Federal da Amazônia. As tratativas começaram na gestão passada e também previam pesquisas conjuntas. Àquela época, o interesse era nas ostras. A negociação travou porque a universidade paraense seria apenas mão de obra barata para os chineses e uma espécie de validadora das empresas chinesas que viriam se instalar no Pará. Daí a ideia de que todo cuidado é pouco. Acordos são importantes, mas… a conferir.

A China é um dos principais polos científicos no mundo, mas, quanto maior é essa diferença, maior é a necessidade de as instituições envolvidas exigirem transferência de tecnologia, em vez de serem meras catadores de folhas para mandar analisar nos laboratórios chineses.