Sindicato afirma que não irá tolerar o que considera ‘práticas criminosas’, ao se referir a assédio moral na rede pública de ensino, comandada por um professor, Edmilson Rodrigues, e uma professora, a secretária de Educação, ambos ex-dirigentes do Sintepp e ex-parlamentares/Fotos: Divulgação.

O Sintepp decidiu declarar guerra à prática de assédio moral em escolas e unidades de educação infantil no âmbito do município de Belém. A entidade garante que, em dezembro do ano passado, formalizou pedido de providência da Secretaria de Educação em uma das escolas, mas até o momento nada de concreto foi feito e as denúncias só têm aumentado. As denúncias apontam para várias escolas da rede municipal, incluindo a Emei, no Conjunto Satélite, bairro do Coqueiro.

Nesta segunda-feira, o sindicato lança a campanha “Assédio moral é crime. Denuncie”, a partir das 14 horas, na Escola Municipal Benvinda de França Messias, em São Brás.

Tratamento desigual

Segundo a coordenadora-geral da entidade, Professora Silvia Leticia, “o sindicato tem recebido, desde o ano passado, várias denúncias de professores e de servidores de apoio envolvendo ameaças, humilhações e discriminação no local de trabalho”. Até mesmo com relação a servidores em estágio probatório ou temporários o tratamento é desigual, causando constrangimento e muita pressão psicológica.

Conforme Silvia Letícia, o sindicato tem registros feitos pelos próprios trabalhadores que revelam que a situação é muito séria, ainda mais quando se vive essa situação em ambiente escolar, onde deveria prevalecer o coleguismo.

“Sabe, mas minimiza”

A coordenadora-geral garante que a Secretaria de Educação “sabe de tudo o que está acontecendo, mas minimiza a situação”, que tem levado servidores ao adoecimento e ao afastamento do trabalho para tratamento. Segundo ela, há um aumento entre nossa categoria de casos de transtornos e  síndrome do pânico, ansiedade e depressão, o que considera “verdadeiro absurdo, um crime que o sindicato vai denunciar, administrativa e criminalmente”.

Silvia Letícia explica que não se trata de situação recente, pois o sindicato já a experimentou na gestão anterior, mas não irá tolerar de “uma prefeitura de um professor, e na Semec, onde também está uma professora’, ex-dirigentes do sindicato e ex-parlamentares práticas criminosas como essas”.