Basílica de Nazaré, Estação das Docas e Ver-o-Peso são os pontos turísticos mais visitados durante o período, segundo o Dieese/Foto: Divulgação

O cenário ainda não é o ideal, mas, como se diz, a fé remove montanhas. Estudo do Dieese e da Secretaria de Turismo do Estado aponta que, apesar dos reflexos negativos e das restrições impostas pela pandemia de Covid-19, o Círio deste ano irá garantir a presença de 30 mil turistas em Belém – ano passado, em plena pandemia, foram 10 mil visitantes – e a injeção de US$ 11,5 milhões na economia do Pará, o equivalente a quase R$ 60 milhões, contra US$ 8,5 milhões em 2021. Essa multiplicação de turistas e os valores são atribuídos ao maior controle da pandemia e ao avanço da vacinação, que aos poucos vão tirando do cenário as restrições sanitárias e favorecendo o retorno da atividade econômica.

Espaços turísticos mais
procurados por visitantes

O Estudo aponta ainda que, diferentemente do ano passado, e com mais espaços turísticos funcionando, os locais mais visitados pelos turistas nesta no deverão ser a Basílica de Nazaré, seguido da Estação das Docas e do Ver-o-Peso. Esse mapa inclusive tem auxiliado as forças de segurança pública a trabalhar cada vez mais a prevenção e a segurança.

Policiamentos 30% maior
monitora entradas e saídas

Mesmo sem as procissões de sábado e domingo do Círio, a Polícia Rodoviária Federal aumentou em 30% o efetivo de agentes, como faz tradicionalmente. Neste ano, porém, com um número menor de homens. A prioridade é monitorar as estradas que dão acesso a Belém. Mesmo em número bem menor, ainda há romeiros fazendo o trajeto entre diferentes cidades e a capital como pagamento de promessas feitas a Nossa Senhora.

Força-tarefa oferece
imunizante no terminal

No Terminal Rodoviário de Belém, a Secretaria de Meio Ambiente montou força-tarefa para realizar o máximo de testagem possível em quem desembarca na capital. O aviso de que a espera para sair do terminal será mais demorada que o habitual é feito ainda dentro dos ônibus, onde é preciso aguardar a vez de ser submetido à testagem. Quem apresenta carteira com atraso na segunda dose também recebe o imunizante no local.

Deputado nega procura
e reaproximação com Eguchi

O deputado Raimundo Santos jura de pés juntos que não está tentando se reaproximar do delegado Everaldo Eguchi, como saiu na coluna. “A informação não procede”, manda dizer, advertindo que a falta de reparo – da informação – pode “caracterizar o que no jargão jornalístico de hoje em dia tem nome de fake news”. Não seja por isso, nobre deputado. A propósito: o que o Patriotas teria a esclarecer sobre a suspeita de que a candidatura Eguchi à Prefeitura de Belém teve aval do governador Helder Barbalho com o propósito de tirar votos de Thiago Araújo e favorecer a candidatura José Priante, do MDB?

Coletores de óleos
à margem da legislação

Belém abriga uma porção de “empresas” coletando e reprocessando óleo vegetal e animal sem que possuam certificação sanitária. É o caso em que o descaso favorece o acaso: responsáveis pelo descarte irregular desse material, incluídos shopping e restaurantes, não dão a menor importância para a exigência da regularidade do serviço coletor que garantiria, no mínimo, destino ambientalmente correto ao lixo que produzem.

  • O ex-superintendente federal da Pesca Chico da Pesca passou por novo interrogatório da Justiça Federal. Ele é acusado de inflar o Registro Geral da Pesca com falsos pescadores, prática na qual o Pará fez escola: multiplica pescadores, não peixes.
  • Todo cuidado é pouco: os meses terminados em “bro” – de setembro a dezembro – são conhecidos pelos ventos fortes que arrepiam as águas da Baía do Marajó, exigindo cuidados redobrados da navegação.
  • Cabe à Arcon, encarregada da fiscalização do setor, apertar o cerco e não permitir abusos ou deslizes de empresas que aproveitam o Círio para faturar sem levar em conta a segurança dos viajantes.
  • A CGU e a PF investigam forte esquema de venda de emendas parlamentares, através das canetadas de deputados e senadores, destinando dinheiro público do Orçamento a prefeituras em troca de um porcentual.
  • No Pará, por exemplo, tem-se notícia de percentuais de “volta” que chegariam a 30%, às vezes, 40%, quando não, até 50%.
  • A diretoria do Paysandu promete pagar R$ 1,5 milhão para os jogadores elevarem o Clube a Série B do Brasileirão. Lembra a diretoria de plantão seis, sete anos atrás: não pagou até hoje.