As candidaturas do deputado federal Beto Faro e do ex-prefeito Manoel Pioneiro ao Senado devem correr por conta e risco, avaliam observadores. A disputa por espaços para eleger Pioneiro, a mulher dele, Alessandra Haber, e o vice-prefeito Erick Monteiro, comandada pelo prefeito de Ananindeua, não irá abalar as relações com o governador do Estado. “Só os mais fortes sobreviverão”, dizem/Divulgação.

Fonte da coluna garante que o governador Helder Barbalho não irá romper com o prefeito de Ananindeua, Daniel Santos, por causa dos sonhos do ex-prefeito Manoel Pioneiro de ser candidato ao Senado. A verdade é que o PSDB, comandado pelo deputado federal Nilson Pinto, já se decidiu por Pioneiro e o PT que lute para eleger Beto Faro, com ou sem a anuência do governador, que está mais para deixar a briga correr solta. A essa altura do campeonato, quem for mais fraco que se exploda, diz a fonte. Faz sentido, mas, fique claro desde já: ninguém disso aqui que haverá rompimento. Daniel será cabo eleitoral de Pioneiro e de sua mulher, Alessandra Haber, para federal, apoiará Lula e Helder Barbalho  a deputada Elcione Barbalho que vá buscar votos em outra freguesia.

PT arma um novo time

O PT montou um time que considera de peso para disputar a Câmara Federal. Além do deputado Airton Faleiro, que vai disputar a reeleição, vêm aí deputada estadual Gilvandra Faro, mulher de Beto Faro, e Carmem Foro, militante antiga do PT e protegida de senador Paulo Rocha. Para a Assembleia Legislativa, o partido escalou o prefeito de Concórdia, Elias Santiago, Maria do Carmo Martins, ex-prefeita de Santarém e Regina Barata, mantendo os deputados Carlos Bordalo e Dirceu Ten Caten candidatos à reeleição.

O PT entende que a votação expressiva prevista do ex-presidente Lula poderá resultar em bancadas maiores que as atuais, embora ainda longe dos melhores momentos do partido.

Damares é apenas sonho

A ministra Damares, que poderia desconstruir as candidaturas de Beto Faro e Manoel Pioneiro com apoio do presidente Bolsonaro, dificilmente será candidata pelo Pará, e sim em São Paulo, onde a batalha terá peso maior pela convergência do poder em torno dos milhões de votos da região. Mas os bolsonaristas não descartam tê-la como candidata eleita ao Senado pelo Pará, que representaria uma derrota acachapante no esquema do governador, se ele mesmo não for admoestado pela candidatura Zequinha Marinho, que vem lépido e fagueiro nas costas do presidente buscar seu lugar ao sol.

Rearrumação de forças

A migração de deputados, prefeitos, vereadores e políticos sem mandato para outros partidos, como o PL, PP, PSD, PSB, dentre outros, a partir de março, será uma indicação clara da rearrumação das forças partidárias para enfrentar essa eleição difícil e conturbada que o País enfrentará.

Papo Reto

  • A Covid-19 voltou com tanta força que o Tribunal Regional Federal decidiu adiar a retomada dos trabalhos presenciais. Juízes, servidores, estagiários e prestadores de serviços terceirizados sucumbiram ao vírus.
  • Vendedores e ambulantes das praias localizadas na Ilha do Outeiro, distrito de Belém, começam a amargar verdadeiros prejuízos com a dificuldade de acesso ao local.
  • O domingo foi de praias e bares vazios no distrito. Vendedores que pagaram muito além do normal para abastecer os estabelecimentos reclamam do prejuízo.
  • Em alguns deles, cadeiras e mesas sequer chegaram a ser desempilhadas. E, pelo jeito, trata-se de um cenário longe de voltar à normalidade.
  • Como se faz quando o denunciante também é criminoso? A situação ocorre na zona rural de Parauapebas. Uma jovem morreu depois de colidir a moto numa caçamba estacionada irregularmente na beira de uma rodovia, sem qualquer sinalização.
  • Revoltados, os moradores foram até o local e incendiaram o veículo. Agora, o condutor quer denunciar à Polícia a destruição do bem, mas também é procurado. E agora?
  • Foi-se o tempo em que Deiveson Figueiredo, natural de Soure, recebia ajuda financeira do prefeito Guto Gouvêa, que sonhava vê-lo campeão da categoria pena, consagrando uma modalidade esportiva da tradicional  luta marajoara, que ele praticava quando criança.
  • Não à toa, o “Deus da guerra”, como se intitula Deiveson, menciona  a população de Soure em suas vitórias e entrevistas, onde continua residindo com sua família, sempre rodeado de muitos amigos.
  • Com cachês de milhares de dólares, mais  o direito de imagem e prêmios pelas conquistas do cinturão, ele devolve ao Marajó o prestígio de campeão, reconhecendo o apoio que teve.

Charge do dia