Governo do Pará sinaliza que empresa
cearense assumirá BRT e marca data de
entrega da obra: 2022, ano eleitoral

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O Núcleo de Gerenciamento Metropolitano, que gerencia o projeto BRT Metropolitano, anda contando uma história de carochinha. Alega que a Construtora Odebrecht abandonou a obra “porque estava com o cronograma atrasado”, garantindo, conforme previu a coluna, que a segunda colocada na licitação, a Construtora Marquise, do Ceará, irá retomar os trabalhos, com prazo de conclusão para 2022. Tomara, mas, falta combinar com o “general inverno amazônico” – afinal, o NGTM insiste em tratar a população como “estúpida”.

O tempo não para

A Construtora Marquise deverá mobilizar seu canteiro de obras até meados ou fim de setembro agora, passando a trabalhar até dezembro ou janeiro, quando começa o período de chuvas na região, devendo se prolongar até maio. Dependendo da meteorologia, a obra pode seguir livremente ou não, principalmente no tocante à drenagem de grande vulto e intervenção no pavimento, já em 2022. É difícil atingir a meta anunciada pelo NGTM, a menos que o projeto, com base em novo contrato, tenha sofrido drástica intervenção.

Não teve bis

A Secretaria de Segurança Pública foi apresentar o chamado programa de redução da criminalidade em Marabá, sudeste do Estado, mas deixou parte da plateia frustrada, uma vez vivamente interessada em saber sobre os índices de combate à corrupção na pandemia. Sem nada a declarar, os representantes da Secretaria falaram apenas sobre a criminalidade nas ruas – os números que interessam, digamos assim -, inclusive sem o cruzamento com os números do Sistema de Informação de Mortalidade do Ministério da Saúde, o Datasus. Convenientemente, a métrica se resume aos números da Segup.

Sem trocadilho

O governo não costuma se preocupar com quem morre nos hospitais, isto é, com vítimas que procuram a rede hospitalar depois de feridas nas ruas – apenas os números reunidos pela Segurança Pública entram na contabilidade, o que aponta para números irreais. Como nem mesmo a Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa se manifesta, fica por isso mesmo – se duvidar, suas excelências sequer sabem que, nos últimos sete meses, o Pará soma a morte de oito policiais penais, além de dez feridos. 

Hospital na UTI

Apesar das recorrentes denúncias de corrupção no Hospital Regional de Conceição do Araguaia, persiste a gestão nebulosa, com compras de medicamentos sem licitação, por sinal junto à mesma empresa, em Ananindeua. Quando nada faltava no hospital, o orçamento era de R$ 1 milhão por mês. Hoje, recebendo mais de R$ 2 milhões mensais a cada trinta dias, a unidade de saúde está mergulhada em denúncias de falta de remédios, falta de comida e equipamentos. O cardápio, hoje, não dispõe nem de carne, nem de frutas para pacientes com dieta branda. Prova de que muito dinheiro atrapalha prefeito.

Presente de grego

As Unidades Básicas de Saúde Fluviais, doadas pelo governo federal aos municípios ribeirinhos são, na verdade, um presente de grego. As prefeituras não recebem nada para manutenção das embarcações e compra de combustível, além  de medicamentos, material hospitalar ou ajuda no pagamento de enfermeiros e médicos. As comunidades ficam distantes umas das outras, as pessoas doentes não podem esperar a embarcação chegar e as prefeituras, ao primeiro “prego”, abandonam o serviço na beira do rio

A bola da vez

O professor Willie Stewart, neuropatologista que conduziu o estudo da Universidade de Glasgow, na Escócia, disse a dirigentes da Fifa que as cabeçadas dadas nas bolas pelos jogadores de futebol favorecem têm três vezes mais a probabilidades de desenvolvimento de doenças neurodegenerativas, incluindo demência e Alzheimer. O estudo envolveu 7.676 ex-atletas que jogaram entre 1930 e 1998 e agora fornecem o “elo perdido”. Segundo o estudo, o risco para os jogadores de futebol dependia da posição desempenhada. 

Dor de cabeça

Os goleiros corriam o mesmo risco que uma pessoa comum, enquanto os defensores – que cabeceavam a bola com mais frequência – tinham um risco quíntuplo, e o risco menor para os atacantes. O tempo de jogo também foi crucial: jogadores por mais de 15 anos tinham cinco vezes mais chances de desenvolver doenças cerebrais, incluindo demência. Para Stewart, agora a Fifa deveria questionar sobre o bem-estar dos atletas em meio a uma incidência “terrível” de demência entre os jogadores profissionais.

  • A coluna acabou transferindo o monumento a Pedro Teixeira da Escadinha da Estação das Docas para São Brás. Que horror. Foi corrigida, no ato, pelo atento historiador Sebastião Godinho.
  • O monumento a Pedro Teixeira, na Escadinha, ao lado da Estação das Docas, foi inaugurado em 1966, quando Belém completou 350 anos.
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  • O cantor Elias Monckbel (foto) foi vítima de acidente em um bar em Cametá, o Bar Oka, durante uma apresentação artística, no último domingo.
  • Parte da estrutura do bar ruiu. Levado para um hospital da cidade, Elias Monckbel foi transferido para Belém, ontem, e seu estado inspirava cuidados. Monkcbel também é integrante da Banda Aquarela.
  • Pesquisa recente aponta o que quase 70% dos brasileiros não sabem: a carne de tubarão, que pode conter elevadas doses de metais pesados, é vendida livremente no País como cação.
  • Aliás, para quem não sabe, o Brasil é campeão mundial de importação e consumo de carne de tubarão, quer pelo atrativo preço, quer pela rotulagem enganosa.
  • O STF retomou o julgamento de autonomia do Banco Central; em fevereiro, a medida foi sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas teve a constitucionalidade questionada na Corte pelo PT e Psol.
  • Até o momento, o placar da votação está empatado em 1 a 1; após os dois votos, o julgamento foi suspenso, mas retomado ontem.
  • A Câmara Federal aprovou dispensa de licitação para compra de insumos contra a Covid-19, incluindo vacinas, medicamentos, material hospitalar e até serviços de engenharia nos hospitais. A matéria seguiu para análise do Senado.
  •  Enfim, as mortes por Covid-19 desabam no País, mas a tal variante Delta requer muita cautela, segundo a Fiocruz.