O secretário de Segurança Pública, Ualame Machado, passou a intermediar as negociações entre o governo e os peritos oficiais do “Renato Chaves” para evitar mais prejuízos ao sistema de segurança, como ocorreu na última paralisação da categoria/Foto: Agência Pará.

A recente paralisação dos peritos oficiais do Estado, que inclui peritos criminais, médicos legistas e auxiliares do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, em protesto por demandas que vão do realinhamento salarial até a gratuidade no transporte intermunicipal, acendeu a luz amarela no gabinete do secretário de Segurança Pública e Defesa Social do Pará, o delegado federal Ualame Machado. O movimento atingiu as unidades em Belém e do interior e acabou prejudicando, entre outras coisas, o trabalho da Polícia Civil, da Segurança Pública e da Justiça de uma tacada só. Para se ter ideia, em apenas um dia de paralisação, seis a oito presos voltaram para suas casas porque não puderam se submeter a exames de corpo de delito antes de serem apresentados em Juízo.

Não necessariamente por conta da ameaça de nova paralisação, dada o não cumprimento de promessas feitas alto e em bom tom pelo próprio governador Helder Barbalho, mas, também por isso, o secretário de Segurança, que sempre teve “bons olhos” para com o Centro de Perícias, entrou em cena na condição de “bombeiro”. Cabe a ele, seguramente depois de acertar ponteiros com o governador, tentar encontrar uma solução para o problema junto à Secretaria de Planejamento e Administração, cuja titular, Ana Ghassan, desarrumou a mesa de negociações com a categoria mais de três vezes seguidas. O secretário Ualame Machado prometeu resposta aos peritos oficiais até a próxima terça.

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