As candidaturas de Vivi Reis, reeleição, e Marinor Brito, à Câmara Federal, correm perigo, mas, na Assembleia Legislativa, as perspectivas são boas para Lívia Duarte, mulher do secretário Cláudio Puty/Fotos: Divulgação.

A três dias das eleições, o Psol vive clima de guerra, como era de se esperar. A candidatura ao governo Estado saiu do nada para lugar nenhum e vai acabar prejudicando as candidaturas a deputado federal e estadual do partido. Todo mundo está à beira de um ataque de nervos.

O prognóstico dos cardeais do partido, sobretudo os ligados à ‘Primavera Socialista’, agrupamento do prefeito Edmilson Rodrigues, era de que o Psol poderia eleger dois deputados Federais – a atual, Vivi Reis, e Marinor Brito -, mas há risco de o partido perder a única vaga que tem na Câmara Federal justamente para uma ex-filiada da legenda que hoje está no MDB, partido do governador Helder Barbalho.

Diante dessa possibilidade, já começou o acerto de contas entre o grupo do prefeito e o grupo da deputada Federal Vivi Reis, que coloca na conta da tríade Edmilson-Aldenor Junior-Luiz Araújo todos os erros, a começar pela indicação de um candidato inexpressivo ao governo.  Outro erro teria sido a concentração da distribuição dos recursos do Fundo Eleitoral em ‘candidaturas amigas’, reduzindo a pó candidaturas que poderiam somar votos decisivos na contagem final. 

O pior dos cenários

Para a Assembleia Legislativa, a situação é mais delicada ainda. Dividida entre duas candidaturas – a de Lívia Duarte, mulher de Claudio Puty, e Leila Palheta, ex-mulher de Aldenor Júnior -, a ‘Primavera’ pode ser surpreendida com a eleição de Lívia Duarte, apenas, o que abriria a possibilidade de a professora Silvia Leticia, suplente de vereadora, assumir a vaga na Câmara Belém, se a candidatura coletiva encabeçada pela professora não surpreender, mesmo boicotada e retaliada.

Outra derrota que se prenuncia para o grupo do prefeito e particularmente para o chefe de Gabinete, Aldenor Junior, aponta para a candidata Nice Gonçalves, o que seria uma tragédia na Aldeia Cabana. 

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Beto Andrade escolhe a
onda, com riscos de levar
verdadeiro capote

Fazendo forte campanha de redes sociais, a candidatura de Beto Andrade, ligado ao grupo do vereador Fernando Carneiro, tenta surfar em uma onda que pode lhe dar o capote. Andrade tem uma disputa dura em Ananindeua, sua base eleitoral, com Lívia Noronha, e em Belém, com a professora Silvia Leticia e os membros do Fórum de Servidores.

Popular Socialista prepararam cuidadosamente durante quatro anos sua campanha tentando reverter a vergonha de ter levado para dentro do Sintepp o então candidato ao governo Helder Barbalho (vídeo acima), que na época prometeu pagar o piso dos trabalhadores da educação. Hoje governador, Helder não cumpriu o prometido; muito pelo contrário: entrou na Justiça, obtendo ganho de causa justamente para seu governo não pagar o piso dos professores. Pior para o sindicalista, que induziu a categoria de forma decisiva a votar em Helder e hoje está entre a cruz e a caldeirinha.

Papo Reto

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  • Depois de tanto bombardeio nas redes sociais, só mesmo ‘muito peito’ da cantora Fafá de Belém (foto) para comandar a Varanda de Nazaré neste ano.
  • É brincadeira de qualquer candidato tentar enfrentar o ‘tanque’ Helder Barbalho e suas máquinas nestas eleições com ‘campanha gospel’.
  • Depois que a Justiça Eleitoral proibiu os showmícios com cantores famosos e altos cachês, os comícios nunca mais foram os mesmos.
  • O que se viu no comício do MDB, na última segunda, foi um saco de gatos: muitos candidatos atrás de poucas vagas e um público formado por caravanas com mais de 30 ônibus fretados e gente contratada.
  •  E discursos repetitivos e sem atrair a atenção dos presentes, que queriam mais era beber cerveja e comer churrasco de gato por R$ 10.
  • O agronegócio continua em alta com a comercialização recorde de soja, que atingiu R$ 8 bilhões, seguida de cacau e mandioca, com R$ 2 bi, cada e milho, com R$ 1,7 bi.
  • Na produção pecuária, o Pará já está em terceiro lugar no Brasil, com mais de 25 milhões de animais e comercialização de R$ 12 bi-ano.
  • Cerca de 15% dos trabalhadores adultos vivem com um transtorno mental. O alerta é da Organização Mundial da Saúde e da Organização Internacional do Trabalho, que lançaram ontem documentos inéditos sobre saúde mental e trabalho.
  • Os transtornos mentais e outras condições psicológicas são vivenciados de maneiras diferentes pelas pessoas, apresentando graus variados de dificuldade e de angústia.
  •  Segundo a OMS e a OIT, sem estruturas e apoio eficazes, e apesar da vontade de trabalhar, o impacto pode afetar a autoconfiança, o prazer no trabalho e a capacidade laboral, além da capacidade de se conseguir um emprego.