Na Escola Monsenhor Azevedo, policiais recorreram à violência para desmobilizar protesto de pais e alunos contra demissão de professores temporários pela Prefeitura de Belém; uma pessoa foi agredida/Fotos: Divulgação-Redes Sociais.

“Ficou pra costume”, como se diz. Depois de bombas e pancadaria ocorridas em protesto de policiais civis contra o governo do Estado, pais de alunos da Escola Municipal Monsenhor Azevedo, no Distrito de Outeiro, sentiram o peso do braço de policiais civis e militares, na última quarta-feira, ao se manifestarem contra decisão das Prefeitura de Belém de mandar professores temporários para o olho da rua.    

Sem professor, sem merenda

O comunicado chegou aos professores através da Secretaria de Educação e correu como rastilho de pólvora em Outeiro. A comunidade escolar da “Monsenhor Azevedo” vive um dos seus piores momentos – embora não esteja sozinha nesse calvário-, tanto pela carência de professores quanto pela falta de merenda escolar, não bastasse funcionar sob uma estrutura física precária e perigosa. A indignação dos pais de alunos foi ‘extrema’, do ponto de vista policial, ignorando que razão repousava na preocupação dos pais de verem seus filhos fora das salas de aula. A pancadaria foi inevitável na tentativa de desmobilizar os manifestantes e pelo menos uma pessoa acabou atingida por um sopapo no rosto.

Desespero e pancadaria

Dentro da escola, crianças entraram em desespero, enquanto policiais civis e militares desobstruíam uma das ruas das redondezas bloqueada com veículos e troncos de madeira. Resilientes ante a ação policial, os pais de alunos exigiam a manutenção dos professores para garantir a manutenção de oito turmas na escola ameaçadas pela demissão dos temporários. A Secretaria de Educação, questionada pelo Sindicato dos Professores, confirmou a medida. E ponto final.

Papo Reto

  • O pesquisador paraense Pedro Vasconcelos (foto) é o quinto cientista brasileiro mais citado na área da microbiologia. A classificação mundial da AD Scientific 2023 aponta 1.346 entre mais 1 milhão de cientistas na área.
  • Servidores da Funasa protestam contra a extinção do órgão. A medida provisória que prevê o sumário aniquilamento da Fundação é o dia 1º de junho.
  • Embora no Congresso a matéria não conte ainda com comissão mista temática, seus efeitos práticos já começaram a valer em 24 de janeiro.
  • O senador paraense Eduardo Braga, eleito pelo Estado do Amazonas, foi quem indicou o novo presidente do Banco da Amazônia, Luís Cláudio Lessa. Por falta de faro na política, Pará perde o bonde da história.
  • A Fiepa, seus sindicatos e o Centro das Indústrias do Pará manifestam apoio ‘irrestrito’ ao posicionamento do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro em defesa da construção da ferrovia Ferrogrão.
  • A rodovia prevê ligar o centro produtor de grãos do Estado de Mato Grosso ao Terminal Portuário de Miritituba, em Itaituba, no Pará.
  • O promotor de Justiça Militar e ex-PGJ Gilberto Martins integra a Galeria dos Ouvidores Nacionais de Justiça, inaugurada nesta semana com a presença da presidente do STF e CNJ, ministra Rosa Weber.
  • R$ 68 mil é quanto custa o carro zero mais barato no Brasil. A queda de impostos para carros refletirá nas montadoras, diz a Anfavea, que pode elevar a produção nacional em cerca de 300 mil veículos.
  • O que se diz é que o corte de tributos não causará qualquer redução na tecnologia empregada nos veículos.
  • O STF adiou para 1º de junho o julgamento sobre a descriminalização do porte de drogas.