Na Escola Monsenhor Azevedo, policiais recorreram à violência para desmobilizar protesto de pais e alunos contra demissão de professores temporários pela Prefeitura de Belém; uma pessoa foi agredida/Fotos: Divulgação-Redes Sociais.
“Ficou pra costume”, como se diz. Depois de bombas e pancadaria ocorridas em protesto de policiais civis contra o governo do Estado, pais de alunos da Escola Municipal Monsenhor Azevedo, no Distrito de Outeiro, sentiram o peso do braço de policiais civis e militares, na última quarta-feira, ao se manifestarem contra decisão das Prefeitura de Belém de mandar professores temporários para o olho da rua.
Sem professor, sem merenda
O comunicado chegou aos professores através da Secretaria de Educação e correu como rastilho de pólvora em Outeiro. A comunidade escolar da “Monsenhor Azevedo” vive um dos seus piores momentos – embora não esteja sozinha nesse calvário-, tanto pela carência de professores quanto pela falta de merenda escolar, não bastasse funcionar sob uma estrutura física precária e perigosa. A indignação dos pais de alunos foi ‘extrema’, do ponto de vista policial, ignorando que razão repousava na preocupação dos pais de verem seus filhos fora das salas de aula. A pancadaria foi inevitável na tentativa de desmobilizar os manifestantes e pelo menos uma pessoa acabou atingida por um sopapo no rosto.
Desespero e pancadaria
Dentro da escola, crianças entraram em desespero, enquanto policiais civis e militares desobstruíam uma das ruas das redondezas bloqueada com veículos e troncos de madeira. Resilientes ante a ação policial, os pais de alunos exigiam a manutenção dos professores para garantir a manutenção de oito turmas na escola ameaçadas pela demissão dos temporários. A Secretaria de Educação, questionada pelo Sindicato dos Professores, confirmou a medida. E ponto final.
Papo Reto
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