Em vídeo publicado 15 dias atrás nas redes sociais, o prefeito de Belém anuncia plano de recuperação do Centro Histórico de Belém, onde o abandono risca do mapa relíquias arquitetônicas ante olhares atônitos da população/Fotos: Divulgação

Recentemente, o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, utilizou as redes sociais para anunciar o Plano de requalificação urbana do Centro Histórico da cidade. “A ideia é Belém viva, Centro Histórico vivo; a ideia é para dar mais vigor a Belém viva”, destacou.

Em terceiro mandato, Edmilson Rodrigues aborda a proposta de recrudescimento da área central da capital paraense, que deveria ser priorizada por tudo que representa e reúne sobre a história de Belém do Pará, mas que se mantém no esquecimento. Que a iniciativa não seja um malfadado plano como aquele de colocar o bondinho nos trilhos.

Sobre o tema, sensível sob os muitos aspectos, a coluna procurou chamar a atenção na série de quatro matérias, escritas pelo jornalista Sérgio Chêne e publicadas em dezembro de 2022 sobre as agruras vividas pelo Centro Histórico. Em busca de propostas de solução, o jornalista ouviu especialistas, a própria prefeitura, lojistas, comerciários e os trabalhadores informais, além de entidades de classe.

Diante do anúncio feito pelo prefeito, vamos torcer. O mote de uma “cidade viva” é tudo que seus cidadãos esperam. Todavia, no terceiro ano de atuação, a tentativa de gestão de Edmilson deixa o sentimento, aos mesmos cidadãos, de uma cidade senão morta, agonizante, à espera de um milagre. 

Restauração de móveis

O Boulevard da Gastronomia seria o ponto de partida do plano, que dentre outras ações da prefeitura contemplaria o restauro de 41 imóveis com a proposta de serem transformados em moradias ou comércio, mas também a construção de um anel viário e de uma ciclo-rota no sentido de preservar os imóveis históricos. Ao mesmo tempo, nesse processo de requalificação, Edmilson Rodrigues promete incentivar empreendimentos privados, evitar a entrada de carros pesados na área comercial e disponibilizar ônibus confortáveis para possibilitar o acesso àquela área turística. 

Edmilson Rodrigues parece ter compreendido seu papel como gestor, de trabalhar pela cidade que o elegeu. Parece ter acordado e ter deixado de lado as dancinhas, acordes e cantorias de lado.

Conteúdo relacionado

Casa do sem jeito: condenado ao abandono e ao comércio informal, Centro Histórico de Belém pede socorro

Leia aqui.