O presidente da Assembleia Legislativa, Chicão Melo, recebeu representantes de poderosas categorias do serviço público e mostrou nas redes sociais, enquanto outros servidores, menos favorecidos, seguem à espera de promessas na defesa de seus direitos/Fotos: Divulgação-Redes Sociais-Whatsapp.

A multidão de barnabés que se queixa nos corredores, nos banheiros das repartições públicas, nas garagens, nas filas de benefícios, nas salas de cafezinho das delegacias, no calor sufocante do interior das viaturas da segurança pública, nos presídios, nas escolas e nas cercanias da sede do governo do Pará deve atravessar mais um fim de semana regado a desgosto. Nem é para menos: bastaria uma espiadela nas redes sociais do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Chicão Melo, um dos possíveis candidatos à vaga de vice na chapa do governador Helder Barbalho para perceber, em simples leitura da legenda, a cruel distância que separa o servidor público menos qualificado e o alto escalão do Poder.

Aconteceu ontem: o presidente do Poder Legislativo recebeu, com pompa e circunstância, procuradores do Estado, auditores da Secretaria da Fazenda, juízes estaduais e promotores de Justiça para discutir, entre outras coisas, teto remuneratório, subsídios, vantagens e direitos diversos, enquanto a turma do outro lado da linha segue chupando os dedos, mendigando favores e atenções que parecem uma eternidade para chegar. Ao receber representantes das mais poderosas categorias de servidores públicos e negar, retardar ou ignorar os demais, qualquer que seja a autoridade tropeça.

Afinal, na luta pela sobrevivência, todos têm os mesmos direitos, ainda que cada um dentro do seu metro quadrado.

TRT considera requisitar
concursados “de fora”

O Tribunal Regional do Trabalho da 8ª. Região emitiu nota esclarecendo que a publicação da portaria de criação da comissão de concurso público para preenchimento de vagas não significa a realização do certamente ainda neste ano. É fato que o concurso anterior já venceu e existem poucas vagas disponíveis no órgão que justificariam a novo certame, mas tudo depende de aprovação do Conselho Superior da Justiça do Trabalho, que agora concentrou tudo, inclusive os recursos para contratação de banca examinadora. Ao que parece, alguns Tribunais defendem a realização de concurso nacional, ao invés de certames regionalizados, e essa decisão ainda não foi tomada pelo Conselho, que resolveu ouvir os gestores de pessoas dos 24 tribunais. Só depois dessa definição será decidido quando e como será realizado o tão esperado concurso. Enquanto isso, o TRT8 analisa a possibilidade de usar a lista de aprovados em outros concursos federais, como TRE e TRF1, para ocupar as vagas mais urgentes que estão em aberto.