A festa de inauguração da primeira Usina da Paz, no Icuí-Guajará, em Ananindeua, só não foi completa por falta de alguns detalhes: a obra é da Vale, e não do governo do Estado/Agência Pará
Está redondamente enganado quem pensa que o governador Helder Barbalho tem na Usina da Paz, inaugurada na última quarta com pompa e circunstância, a primeira obra para chamar de sua. Ainda não. A Usina da Paz é obra da mineradora Vale, que bancou o empreendimento com recursos próprios, sem sequer repassar um centavo para o Estado.
De qualquer modo, foi constrangedor para os diretores da Vale presentes à inauguração da Usina da Paz do Icuí-Guajará, em Ananindeua, ficar lado a lado com o governador Helder Barbalho, o mesmo que determinou a instauração de uma CPI na Assembleia Legislativa para investigar a empresa. Sobrou “cara de poucos amigos” no grandioso evento.
Segurança do governador
tira “paz” de jornalistas
Aliás, a cerimônia de inauguração da Usina da Paz teve de tudo, inclusive muita desorganização. Sob o pretexto de “garantir a segurança do governador”, alguns jornalistas foram barrados no acesso que ia além do ginásio, para onde a autorização vinha única e exclusivamente de algum representante da Secretaria de Comunicação do governo. Apenas “queridinhos” da Secretaria ganharam autorização para trabalhar “em paz”.
Coronel tipo “malvadão”
coordena as Usinas da Paz
Polêmico e reconhecido como “malvadão” quando integrava o Corpo de Bombeiros, o coronel da reserva Marcos Lopes é o coordenador das Usinas da Paz. Tem ligações com o PT e chegou ao cargo pelas mãos do coronel Costa Júnior. Na ativa, Marcos Lopes não era de oferecer “paz” aos seus comandados e chegou a usar bomba de efeito moral durante treinamentos na corporação. Entrou para a reserva frustrado por não ter chegado ao posto de comandante. De resto, nada do que dizem sobre seu comportamento é verdadeiro.
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