Sábado, 4 de março. dia de alerta sobre a doença: “se você quer parecer magro, coloque-se ao lado de um gordo” (Garfield).
O Dia Mundial da Obesidade foi instituído pela Organização Mundial da Saúde para alertar sobre a condição, considerada uma doença crônica por entidades de vários países. A estimativa da OMS, divulgada em 2022, é de que haja em torno de 1 bilhão de pessoas com essa condição no mundo. Segundo a OMS, dos cerca de 1 bilhão de obesos, no mundo, 650 milhões são adultos, 340 milhões são adolescentes e 39 milhões são crianças. Esse número, de acordo com a organização, continua crescendo.
A proporção de obesos na população com 20 anos ou mais de idade mais que dobrou no País entre 2003 e 2019, passando de 12,2% para 26,8%. Nesse período, a obesidade feminina subiu de 14,5% para 30,2%, enquanto a obesidade masculina passou de 9,6% para 22,8%. Os dados são do segundo volume da Pesquisa Nacional de Saúde 2019, divulgada IBGE. A amostragem da pesquisa envolveu 108 mil domicílios no Brasil.
Excesso de peso
Outro dado mostra que, em 2019, uma em cada quatro pessoas de 18 anos ou mais anos de idade no Brasil estava obesa, o equivalente a 41 milhões de pessoas. Já o excesso de peso atingia 60,3% da população de 18 anos ou mais de idade, o que corresponde a 96 milhões de pessoas, sendo 62,6% das mulheres e 57,5% dos homens.
A prevalência de excesso de peso aumenta com a idade e ultrapassa os 50% na faixa etária de 25 a 39 anos de idades. Nessa faixa de idades, a proporção de sobrepeso é um pouco mais elevada no sexo masculino (58,3%) do que no feminino (57,0%). No entanto, nos demais grupos etários, os percentuais de excesso de peso eram maiores entre as mulheres.
Índices de massa
É considerado como excesso de peso o índice de massa corporal (IMC) maior do que 25. A pessoa obesa tem IMC maior do que 30. O IMC é calculado pelo peso em quilograma dividido pelo quadrado da altura em metro. De acordo com a responsável pela pesquisa, a técnica do IBGE, Flávia Vinhaes, para melhorar esse cenário é preciso ampliar as políticas voltadas para a prevenção e combate à obesidade. “Faltam políticas públicas estruturadas de combate à obesidade e ao excesso de peso, como o incentivo à ingestão de alimentos saudáveis e à prática esportiva”, avaliou.