Vídeo que circula nas redes sociais mostra o novo retrato de uma das principais avenidas da capital paraense, a Presidente Vargas, ocupada indevidamente em frente à Agência Central dos Correios, cenário bem diferente dos cartões postais/Fotos: Divulgação.  

A cena é recorrente: em frente à Agência Central dos Correios, à Presidente Vargas, uma das avenidas mais movimentadas do Centro de Belém, pessoas em situação de rua, ou seja lá como são classificadas pelo poder público – pois são classificadas, no modo politicamente correto, mas não atendidas, necessariamente -, habituaram-se a ocupar a calçada, onde dormem, acordam e praticamente vivem.

É um ambiente sujo, malcheiroso e viciado, que parece não incomodar nem a direção dos Correios, muito menos a Prefeitura de Belém e seus serviços de assistência social. São pessoas sem casa para morar, sem trabalho ou qualquer outra ocupação digna, que emprestam à avenida onde se estabeleceram um cenário caótico, cruel e de abandono.

Cartão postal no lixo

Quando se pensa que a Belém cantada em verso e prosa por trovadores e poetas não passa de um cartão postal reservado à lata de lixo, exatamente em um dos pontos mais movimentados de seu território, deduz-se que alguma coisa está fora de ordem. Senão todas.   

Nem fiscal, nem lei

Há que se exigir pronta ação do Ministério Público do Estado e do próprio município, a quem caberia zelar pela cidade. Se nenhum dos dois se manifesta por livre e espontânea vontade, então é hora de cerrar as cortinas: basta de espetáculos dantescos e deprimentes em plana luz do dia, ao arrepio da dignidade que merecem todos os homens – os abandonados e oprimidos, os sem causa, os trabalhadores e visitantes.

Belém merece mais que isso e zelo pela cidade quatrocentona importa.

Obras de instalação de tubos
na Dr. Moraes já causa
muita impaciência

Comerciantes estabelecidos à travessa Dr. Moraes, entre Nazaré e Braz de Aguiar reclamam e fazem figa para que as obras de instalação de tubos da Cosanpa tenham um final feliz (veja o vídeo). O trabalho caminha para um mês e o incômodo é grande – nem é para menos.

Em dias de sol, a poeira se levanta; quando chove, é a vez da lama vermelha e pegajosa. Guardadas as devidas proporções, equivale ao suplício diário de quem trafega no trecho da BR-316 tentando se livrar dos perigos das obras do BRT Metropolitano que nunca se acabam. Ou uma Transamazônica no inverno.

Na Dr. Moraes, de alerta mesmo a companhia de águas e esgotos mantém apenas a placa “Homens Trabalhando a 100 metros”, mas não oferece nenhuma pista sobre a previsão de a conclusão da obra.

Papo Reto

Divulgação
  • Afinal, o presidente da OAB Pará, Eduardo Imbiriba (foto), já sentou o facho para desencalhar o edital e abrir inscrições aos interessados em concorrer ao Quinto Constitucional? O homem está prestes a mudar o domicílio para o interior do Pará.   
  • A narrações do pessoal do Globo Esporte em jogos na região ‘machucam os ouvidos’ com tantos erros português.
  • Nos estádios de Remo e Paysandu, há apenas um banheiro nas tribunas de imprensa para homens e mulheres e que não atendem as demandas e as condições de higiene.
  • A juta está em alta. A loja da Osklen, no Shopping Cidade da avenida Paulista, em São Paulo vende sacolas e tênis de juta, com o slogan: “100% Juta da Amazônia.”
  • Seria cômico, não fosse trágico: começa valer hoje o prazo de cinco dias dado pelo governo para denúncias de preço abusivo da gasolina no País.
  • Aliás, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, diz que a paridade internacional “deixa de ser único parâmetro” para os preços dos combustíveis, mas que o nome disso “não é intervencionismo em nenhum grau”.
  • Cidades do Maranhão andam superfaturando com extração de dentes. Pedreiras, por exemplo, com apenas 39 mil habitantes, reportou mais de 540 mil extrações, segundo a PF, que botou o dedo no suspiro.
  • Acredite, o Brasil conta hoje 822 mil estupros por ano, ou seja, dois por minuto, diz o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, Ipea.
  • O estudo se baseou em dados de 2019 do IBGE e do Ministério da Saúde. O mais grave é que apenas 8,5% das ocorrências chegam ao conhecimento da Polícia e 4,2% ao sistema de saúde.
  • Está confirmado que o caso recente de ‘vaca louca’ é mesmo atípico.
  • O episódio de encefalite espongiforme bovina, descoberto no Pará, fez com que a exportação de carne à China fosse suspensa, causando maior rebuliço no setor.