O Sistema de Segurança Pública montou um centro de comando e controle na Praia do Atalaia, em Salinópolis, costa atlântica do Pará, mas parece que não adiantou nada.
Vários veículos foram engolidos pela maré desde o início do veraneio, incluindo um guincho, sem nenhuma ação da segurança pública contra esse tipo de ocorrência.
Nada que um trabalho mínimo de monitoramento por parte dos órgãos de segurança pública não pudesse evitar. Mas, por óbvio, o número de carros perdidos pela força da maré com certeza não aparecerá nas estatísticas da segurança pública do Pará.
Detalhe: o melhor remédio contra a ação das marés nesse tipo de ocorrência seria a proibição da entrada de veículos na praia, mas, como não disse Nelson Rodrigues, a inteligência é limitada; a ignorância é infinita.
Salvem a Ponta do Espadarte
Com o retorno do verão com praias liberadas e sem as medidas de restrição impostas em razão da pandemia do Covid-19, o turismo paraense teve grande movimentação, como Salinópolis no topo, o que resultou nas reincidentes e antigas cenas de carros sendo levados pela maré alta e o lixo descontrolado que afeta outros paraísos naturais da região.
A grande novidade desse verão na Atlântica foi a Ponta do Espadarte, que, como um leitor da coluna resumiu, “é um pouco de Algodoal em Salinas”. Acessível por meio dos barcos da bem organizada cooperativa posicionada na Praça do Pescador, os frequentadores da praia ficam encantados com a natureza ainda em estado bruto, sem a presença de carros – alguns poucos ainda se aventuram a chegar lá na maré baixa, vindo do Farol Velho -, músicas de gosto questionável em alto volume e o lixo desenfreado dos porcalhões que tomaram conta do Atalaia.
Ao que tudo indica, o grande desafio da nova ‘queridinha do Sal’ será manter esse lugar bucólico, de qualidade e que mostra de forma bem evidente as vantagens de tratar aquele paraíso com respeito e integração com a natureza.