Se Deus mandar bom tempo – dinheiro é o que não falta -, o Estádio Mangueirão, que já foi Estádio Alacid Nunes e virou Estádio Jornalista Edgar Proença deve ser inaugurado, sem a pompa e a circunstância da presença de um grande clássico, como Brasil e Argentina, ou mesmo Remo e Paysandu, dia 30 deste mês.
Desde o início da obra, avaliada inicialmente em R$ 146 milhões, o governo do Pará já despejou pelo menos mais de R$ 50 milhões no projeto, elevando o custo final presumível para mais de R$ 200 milhões. No último dia 12, o Diário Oficial do Estado publicou mais um aditivo, de quase R$ 11 milhões, mas a obra será inaugurada por etapas e não para.
Faltando pedaços
Apesar do fato de que, vira e mexe, as informações relacionadas ao contrato de reforma do estádio desaparecem do site da Secretaria de Obras, sabe-se que, quando for reaberto ao público, com capacidade para 53.645 torcedores, o Mangueirão ainda exigirá gastos, por exemplo, para a licitação de compra de lonas para a cobertura, que custam muito caro e não irão representar, necessariamente, uma garantia de proteção do torcedor contra chuvas. A Secretaria de Obras tem conhecimento desse fato, mas vai às compras. Por essas e outras, portanto, a obra será entregue por etapas, aos trancos e barrancos.
Com novo diretor
Ontem, foi iniciada a fase de asfaltamento do estacionamento externo do estádio. A parte interna está pronta, incluindo o gramado, mas não se sabe se em condições para receber jogos. Faltam acabamentos nos bares e restaurantes das cabeceiras atrás dos gols e a mobília. Dizem que dificilmente o governador Helder Barbalho irá se empenhar para inaugurar o estádio com jogo do Paysandu.
Uma coisa é certa: o Mangueirão tem novo diretor: Maurício Bororó, futebolista que passou recentemente pela Federação Paraense de Futebol, foi indicado por influente membro da família Sefer, com a qual tem ligações, sendo subordinado à Secretaria de Esporte e Lazer.
Estádio tem histórias
O Mangueirão é um estádio olímpico, projetado pelo arquiteto Alcir Meira. Foi pré-inaugurado em 12 de fevereiro de 1978, como o jogo da Série A envolvendo Remo 2 x 0 Operário-MS, gols de Mego. Oficialmente, a inauguração foi em abril daquele ano, com a vitória da Seleção Paraense sobre a Seleção Olímpica do Uruguai por 4 x 0, com o atacante Mesquita abrindo o placar. Registre-se que, em 1971, quando só havia o gramado e a geral, houve o amistoso infantil Paysandu 1 x 1 Remo, com o primeiro gol marcado pela bicolor Iran.
A primeira reforma do Mangueirão terminou em 2002, quando o Paysandu fez sucesso na Copa dos Campeões que o levou à Libertadores. O recorde de público do Mangueirão foi consignado em 1979, na estreia do Dario no bicolor: Paysandu 1 x 1 Remo, diante de 65 mil torcedores.
Papo Reto
- Não é lá muito confortável a situação política do deputado federal Vavá Martins, do PRB (foto), depois que a prefeita de Marituba, Patrícia Martins, do mesmo partido, anunciou apoio amplo, geral e irrestrito à reeleição da deputada Elcione Barbalho, do MDB.
- Vavá contava com 20 mil votos no município, mas, pelo visto, perdeu todos. O que já estava ruim tende a ficar pior. Ele teve 4 mil em 2018 e apostava bateria a casa dos 20 mil, já que o PRB elegeu a prefeita
- Por mais estranho que possa parecer, a Seccional Urbana da Polícia Civil do Pará em Icoaraci, pelo que se comenta, só tem a presença de delegado nos plantões noturnos.
- Essa Polícia, federal ou estadual, que salva vidas, incluindo bebês engasgados, merece aplausos. A Polícia engajada em atividades política, não.
- Morreu ontem, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, o empresário e economista amapaense Américo Brito Souza, 75 anos.
- Proprietário do Atalanta Hotel e outros empreendimentos ligados ao turismo, Américo Brito foi grande incentivador do turismo na Região Norte, notadamente no Amapá.
- Mais de 40 órgãos federais aceitam pagamento de taxas via Pix. Entre os serviços que já podem ser pagos por meio eletrônico estão inscrições em concursos públicos e no Enem, emissão de passaporte e multas sanitárias.
- Já não sem tempo, a Anatel abriu consulta pública sobre o famigerado telemarketing ativo, que busca aprimorar as regras relativas à atribuição do código 0303 e novos condicionantes à utilização dos códigos de três dígitos.
- Estudo que envolveu 16 cientistas de dez das principais instituições de pesquisa do País alerta para assédio de marcas a profissionais de maternidades por fabricantes e distribuidores de fórmulas infantis.
- Explica-se: é que as indústrias de leite e alimentos de transição são proibidas, por lei, de distribuir brindes ou patrocinar financeiramente pessoas físicas.