A presença do ex-juiz da Lava Jato Sérgio Moro à frente do pelotão da terceira via com vistas às eleições presidenciais em 2022 passou a chamar a atenção dos especialistas – Moro contabiliza 12% das intenções de voto em 1° turno, segundo a última pesquisa do Ipespe, por telefone, exclusiva para o jornal “Valor Econômico”. O ex-ministro Ciro Gomes e o governador de São Paulo, João Doria, aparecem com 5%. Lula segue na liderança, com 35% das intenções, enquanto Bolsonaro tem 24%. A expectativa é de que Moro passe Bolsonaro nas pesquisas em fevereiro.
De olho nesse cenário, os especialistas avaliam que se em fevereiro Sérgio Moro superar os índices do presidente Bolsonaro nas intenções de voto, dificilmente esses números sofrerão alterações. Mas o segundo turno muda tudo e ai vai depender das diferentes forças políticas se alinharem aos candidatos de sua preferência. Integrantes do Centrão acreditam que Moro tem mais chances que Bolsonaro, mas temem pelas decisões do ex juiz de punir políticos e empresários corruptos, produto que não falta neste País.
Segmento evangélico cai
nas graças de candidatos
Com o crescimento do segmento evangélico no Brasil, principalmente nos pequenos rincões e periferias, a classe política tem tentado atrair as principais lideranças. O presidente Bolsonaro saiu na frente e conseguiu emplacar um evangélico presbiteriano no STF e mantém forte relação com os pentecostais. Já o ex-presidente Lula acordou a tempo e saiu em defesa dos evangélicos em professar suas crenças e apoiar nomes de políticos que lhes pareçam mais indicados, sem deixar-se enganar por “mercenários da fé”.