Avanço de parlamentares sobre o controle de cargos no âmbito do governo do Pará esbarra em mecanismos legais, como no caso da Sefa, Polícia Civil e Polícia militar, cujos DAS são privativos de auditores, delegados e coronéis, respectivamente/Fotos: Divulgação.

Alentado grupo de deputados eleitos e reeleitos no Pará ano passado convive com a leve impressão de que ficou pelo meio do caminho na corrida pelo controle de órgãos no Estado. Não à toa, tem sido bastante significativo o fluxo de parlamentares perambulando pelos corredores do Senado e no gabinete de um badalado ministério em Brasília.

A ordem é intensificar a pressão por espaços no segundo e terceiro escalão no governo estadual, de olho no comando de órgãos estaduais e federais em bases políticas e redutos eleitorais.  No caso local, os alvos são gerências regionais de Unidades de Ensino e Saúde, Adepará, Ciretrans, coordenações regionais tributárias, superintendências da Polícia Civil e comandos regionais da Polícia Militar. Não está sendo fácil.

Caiu na rede é peixe

O senador Beto Faro, do  PT, que já detém o controle de  duas secretarias no governo – a de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda e a nova Secretaria de Produção Familiar, tendo como respectivos titulares Inocêncio Gasparim e Cássio Alves Pereira -, continua avançando sobre espaços no segundo e terceiro escalão, usando o próprio mandato e os mandatos de estimação – da mulher Dilvanda Faro, federal, e de Elias  Santiago, estadual – e praticamente todos os demais mandatos conquistados pelo partido para adquirir ‘peso nacional’.

Buraco é mais embaixo

O mais problemático nessas indicações repousa na Secretaria da Fazenda, na Polícia Civil e na Polícia Militar, onde os cargos de confiança são privativos dos auditores fiscais, delegados e coronéis. Nos demais órgãos não há regra escrita e as vagas são de livre nomeação – e negociação -, incluindo pessoas estranhas ao trabalho em questão.