Algo de podre envolve as forças

de segurança no sudeste do Pará

No mesmo dia em que o policial militar Isaías Martins denunciou suposto esquema de proteção de coronéis da Polícia Militar do Pará a mineradoras clandestinas que atuam no sudeste do Estado – o que o levou a ser excluído da corporação -, o chefe da organização criminosa que atua na região – e irmão do deputado Chamonzinho -, Samir Chamon, foi preso pela Polícia Federal. A denúncia foi apresentada em vídeo e farta documentação.

Tudo dominado

O que se diz é que o transporte ilegal de minério tem a conivência e a participação das forças de segurança do Pará, que seriam controladas, a partir de Marabá, pela família do deputado Chamonzinho. Mais: além de controlar o Comando Regional da PM, a organização tem apoios extras: o superintendente da Polícia Civil no município é casado com a sobrinha de sua excelência, que é presidente da Comissão de Minério da Alepa.

“Surpresa” eleita

A nova direção da Assembleia Legislativa elegeu uma “surpresa” à cadeira de primeiro vice-presidente. Político de pouca rodagem, mas com longa quilometragem de homem do campo, Antônio Tonheiro (foto) ostenta simplicidade dos pés à cabeça, na qual usa um chapéu simples, hábito adquirido do pai nordestino ainda na infância. Para quem não sabe, é pouco frequentador da tribuna, usa o contrário do “eruditês” para se comunicar, é bom articulador e um dos maiores produtores de cítrico na região de Capitão Poço.

Divulgação

Menino levado

A população do sudeste do Pará amanheceu, na última terça, sob o clima de mais uma operação da PF de combate a práticas ilegais de exploração mineral em Curionópolis.  Alvo: a empresa pertencente a Samir Chamon, irmão do deputado Chamonzinho – que foi preso -, ambos apoiadores do governador do Estado.  Samir Chamon não é réu primário e faz o tipo “novo rico” na região, com muita ostentação. Ele e o irmão foram responsáveis por toda a logística utilizada na campanha do governador em 2018. Só a PF mesmo…

Boas compras

Decreto da Prefeitura de Belém estabelece que o funcionamento do comércio, de hoje ao dia 30, está liberado das 8h às 22h. Os shopping-centers poderão funcionar das 10h às 23h. Nos dias 24 e 31 de dezembro, comércio em geral e shopping poderão funcionar até as 18h. A partir das 18h dos dias 24 e 31, até as 11h do dia seguinte, ficam proibidas as atividades de bares e similares, festas de Natal, réveillon e confraternizações de qualquer natureza, onde quer que seja, inclusive em condomínios. Boas festas, portanto.

Olho no lance

A FPF se reúne em assembleia geral, hoje, para tentar alterar seu estatuto e permitir a reeleição do presidente Adelson Torres. Dois detalhes: Torres está com Covid e o presidente das Ligas, além de Ricardo Gluck Paul e Paulo Romano, os últimos dois, candidatos, são contra a medida. Ocorre que a assembleia será presidida pelo assessor Jurídico da FPF, Antonio Cristino. O cenário aponta mudanças e ameaça o sonho de consumo de Gluck Paul e Paulo Romano, que é justamente a presidência da Federação.

Corrida maluca

Se duvidar, a farinha de trigo superturbinada de agrotóxico de alta toxicidade, o glufosinato de amônio, produzida pela Argentina, vai acabar aprovada pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança antes de qualquer vacina contra o coronavírus pela Anvisa. Caso seja aprovado, o trigo geneticamente modificado (GM) HB4, patenteado pela empresa Bioceres, vai tufar pães e massas Brasil afora. O produto tem mais veneno do que qualquer outro similar produzido nos Estados do Sul do País. É aguardar a conferir.

Ataque noturno

Informações atribuídas à CPT em Xinguara dão conta de que o acampamento Osmir Venuto da Silva, em Eldorado dos Carajás, voltou a sofrer novo ataque no final da noite do último dia 14. Quatro homens armados invadiram o acampamento atirando, atearam fogo nos barracos e provocaram a fuga dos ocupantes para dentro da mata. Há feridos entre homens, mulheres, idosos e crianças. Em dezembro do ano passado o acampamento também foi atacado, supostamente por policiais militares a serviço do latifúndio.

Direitos humanos

Os impactos das condenações do Brasil pela Corte Interamericana de Direitos Humanos sob a ótica da proteção multinível de direitos são abordados no livro “O Poder Judiciário Nacional e a Corte Interamericana de Direitos Humanos – Diálogo ou Indiferença?, que está sendo lançada pela Arraes Editores. A obra faz uma análise do diálogo entre a jurisdição brasileira e a jurisdição interamericana. O livro é resultado da dissertação de Mestrado defendida pelo autor, o juiz federal Paulo Máximo de Castro Cabacinha, junto à  UFPA.

Lei de Anistia

Ao prefaciar a obra, a professora pós-graduada da UFPA, Paula Arruda, destaca que os casos concretos abordados no livro “suscitam temas de extrema relevância sobre a responsabilização do Estado na má-prestação dos serviços de saúde, assimetrias sobre o poder investigativo e a forma das interceptações telefônicas, a falta de adequação da legislação após sentenças condenatórias, e a resistência sobre validade da Lei de Anistia e a manutenção da situação inconvencional declarada em razão da Guerrilha do Araguaia”.

  • Os deputados Eraldo Pimenta, do MDB, e Fábio Figueiras, do PSB chegaram atrasados para a eleição na Assembleia Legislativa, mas se apressaram em pedir desculpas ao no presidente, Chicão Melo.
  • Eliel Faustino, do DEM, não votou porque foi infectado de Covid-19. O parlamentar está isolado desde sexta, quando foi diagnosticado com a doença.
  • Estranhamente, a deputada Marinor Brito, do Psol, deu o único voto de abstenção registrada na eleição, mas justificou-se em particular com o novo presidente.
  • O MP está pedindo a indisponibilidade de bens de três ex-agentes públicos e da empresa Belém Ambiental pelo uso indevido de bens públicos móveis em Belém
  • Trata-se do maquinário cedido para uso nas obras da Bacia do Uma que acabaram sucateados por falta de manutenção, causando prejuízo avaliados em mais de R$ 14,5 mil.
  • Os réus são Donatila Nogueira; Natanael Cunha e Emir Beltrão da Silva, ex-secretários e ex-diretor da Operacional da Sesan, respectivamente, e Silvana Guarnieri, da empresa Belém Ambiental. 
  • A homenagem da Stone aos micros e pequenos empreendedores brasileiros levada à Times Square, em Nova York (EUA) incluiu, além de Ananindeua, a cidade de Castanhal.
  • Todo cuidado é pouco. Desde a madrugada de ontem, marés altas vêm solapando a área do Ver-o-Peso, no centro de Belém. O vaivém das águas segue até domingo.
  • A torcida de Bragança ficou na bronca com Artur e Cacaio de uma vez só. Artur trocou o Castanhal pelo Caeté, levou meio time e não ganhou nada; muito pelo contrário.
  • Cacaio, depois do empate contra o Juventude, no Maranhão, liberou geral, facilitou e perdeu o jogo, tirando o Bragantino da competição.
  • Enquanto isso, em Manaus, Lecheva segue na mesma batida, com possibilidades de classificar o Fast Clube para a terceira divisão.