Prefeito de Belém vira
as costas para Conselho
que lhe rendeu título

Divulgação
Sábado, 8 e domingo, 9 de maio de 2021

Sem sede, sem internet e sem telefone desde setembro de 2020, o Conselho de Defesa da Criança e Adolescente viu novas luzes de esperança no retorno do deputado federal Edmilson Rodrigues à Prefeitura de Belém (foto). Ledo engano. Até hoje, seu presidente sequer foi recebido pelo prefeito e nem mesmo pelo presidente da Funpapa, que vem a ser a mantenedora legal do Conselho, tão abandonado quanto as crianças que dele dependem.

Pires na mão

O Conselho de Defesa da Criança e do Adolescente foi peça importante na conquista do prêmio Prefeito Criança na gestão anterior de Edmilson Rodrigues. Hoje em dia, porém, o Conselho segue vergonhosamente ocupando mesa de uma sala cedida por uma entidade parceira, mas sem pessoal, sem equipamentos e com suprimentos mantidos por terceiros.

Divulgação

Olho no voto

Se alguém no setor produtivo ainda conta com apoio técnico da Emater para melhorar seus negócios é melhor ir tirando o cavalinho da chuva. A empresa acaba de ser entregue de “porteira fechada” ao Partido Republicano Brasileiro, PRB, presidido pelo deputado Fábio Freitas, e à Igreja Universal (imagem). A nova ordem é usar os 144 escritórios da empresa no Estado para eleger cinco deputados – só falta combinar com os russos…

Alfa e o poste

Na troca de uma gestão técnica por uma condução política, “sobrou” para a “obreira universal” Lana Santos, dona de razoável currículo acadêmico, mas com zero experiência em gestão pública. De fato, quem assumiu o circo de horrores na Emater foi Antônio Cláudio Gonçalves Júnior, tecnólogo em comunicação que protagonizou triste passagem no setor financeiro da Associação Polo Produtivo do Pará, antiga Casa Esperança.

Deus proverá

Servidores da Emater desconfiam que o tal “vice-presidente” não apresentou todos os documentos, muito menos comprovou curso superior, requisitos exigidos para se ocupar a diretoria – mas Antônio Cláudio segue traçando estratégias de caça ao voto. “Todo o planejamento na Emater se foi pelo ralo”, garante técnico da linha de frente da empresa.

Morte não dorme

“Quantas pessoas mais precisam morrer para a Sespa, finalmente, comprar um novo equipamento de ressonância magnética para o Hospital Regional do Sudeste do Pará?”. A pergunta é do deputado Toni Cunha em uma de suas redes sociais, justificando que a única máquina disponível “está quebrada há mais de dois anos”. O MP já foi acionado.

Pote de mágoa

Como diria o saudoso Zózimo Barroso do Amaral, e o (Manoel) Pioneiro, hein? Cada dia que passa e toda vez que abre a boca o ex-prefeito de Ananindeua (foto) não consegue esconder ou disfarçar as profundas mágoas que sente em relação ao ex-governador Simão Jatene.  Em entrevista ao repórter Ronaldo Brasiliense, Pioneiro, em “três toques”, novamente se valeu de um infeliz esquecimento para não citar os grão-tucanos mais emplumados da seara paraense quando das definições para o pleito do próximo ano. 

Menos, menos

Ou quer fazer crer que as manifestações dos quatro deputados que traíram por trinta dinheiros o ex-governador valem mais que a opinião de um dos responsáveis pelas principais obras realizadas no Pará – e em Ananindeua – nos últimos 50 anos? Não bastasse, quem tem recall e um caminhão de votos nos quatro cantos do Estado? Como se diz no popular: pera aí.   O pior é acreditar que, com a elegibilidade de Lula, o MDB vai rifar o PT para impô-lo como candidato único em 2022 à Câmara Alta do Congresso Nacional. 

Pela beirada

Como Manoel tem demonstrado ser “um pote até aqui de mágoas”, a continuar insistindo nessa candidatura com o apoio de quem só tem olhos para o inimigo é melhor o senador Zequinha Marinho ir computando mais um apoio à sua já consolidada candidatura ao governo. A contagem regressiva para as traições que se avizinham já começaram.  

Segue o plano

O plano do sargento que diz ter indicado o atual comandante-geral do Corpo de Bombeiros segue em execução, até que ele chegue ao oficialato. O sargento Odair Pereira de Lima só não contava que um de seus aliados daria com a língua nos dentes. Através desse boquirroto sabe-se que Odair planeja se incluir no próximo curso de oficiais administrativos, o QOA, levando a reboque um subtenente e um sargento – subtenente motorista José Haelton Souza da Costa e o sargento combatente Efrain Brito Ferreira -, cujas promoções estariam garantidas tanta a influência de que Odair goza na corte.

Homem mau

O subtenente José Haelton é conhecido por discriminar e negar ajuda a associados quando presidiu a Cooperativa dos Bombeiros. Um deles, “exilado” pelo comando da Corporação em Itaituba, experimentou o “ranço orientado” do então presidente da Associação ao pedir ajuda financeira para a família que ficara em Belém. Nem mesmo a necessidade urgente de alimentar uma criança recém-nascida o comoveu, forçando o associado a abandonar a cooperativa para resgatar o dinheiro que lhe pertencia.

Briga de foice

Não será novidade se, ao final e ao cabo, a eleição para escolha da nova diretoria da Federação Paraense de Futebol bater a casa dos R$ 2 milhões, por baixo, de custos. Para onde se olha há candidatos com dinheiro e poder – alguns mais, outros menos, mas muito dinheiro para administrar uma Federação desse porte. Para se ter ideia, até recursos provenientes de emenda parlamentar – R$ 300 mil – alimentam a campanha milionária que reúne três candidatos, influências políticas em vários setores e coisas do gênero.

Dinheiro e poder

O presidente Adélcio Torres irá à reeleição com apoio de gente do governo do Estado; o dissidente Paulo Romano tentará se eleger com a influência do coronel Antonio Carlos Nunes na CBF: e o ex-presidente do Paysandu Ricardo Gluck, que desponta como favorito – mas nunca se sabe – emenda a lista com R$ 300 mil supostamente recebidos do deputado Vavá Martins e apoio do presidente de associação que reúne mais de 100 ligas no Estado.

  • Dizem as más línguas que o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Chicão Melo, já trabalha com hipóteses nunca antes imaginadas até as descobertas dos idos de junho do ano passado. O clima é tenso no Lago Azul.
Divulgação
  • O escritório de advocacia do presidente do Igeprev, Giussep Mendes (foto) é quem dá assessora à Prefeitura de Marituba. O Escritório também está sob a lupa do Ministério Público, pelo qual foi denunciado.
  • Empresariado de Santarém anda se perguntando onde estaria a Codec. A região carece urgentemente de um distrito industrial de verdade e não de área de apoio ao porto. Estão “vendendo dente por réstia”, segundo dizem os mocorongos da gema.
  • A empresa de vigilância patrimonial Vip anuncia sua fusão com a Máxima Segurança, que promete investir em novas tecnologias, enquanto a Vip irá atuar apenas em projetos de energia solar.
  • O tecnólogo em comunicação Antônio Cláudio Gonçalves Júnior gosta de ser chamado de “vice-presidente”, mas, de fato, responde pela diretoria Administrativa da Emater.
  • O ex-procurador-geral de Justiça do Pará Gilberto Martins queixa-se de perseguição política com alcance inclusive fora do território paraense. O objetivo seria  torpedear sua indicação a um alto cargo federal.
  • Unidade das Casas Bahia, com depósito à avenida Lopo de Castro, em Icoaraci, estão prontos para funcionar, mas emperradas pela  burocracia  da prefeitura e do Estado.
  • Os mais de 50 funcionários selecionados para trabalhar no grupo, que chega ao Pará depois de muitas resistências locais, estão cada dia mais impacientes.
  • Dos R$ 90 milhões disponibilizados pelo Estado para o projeto de sinalização viária por todo o Pará, cerca de R$ 600 mil vão para Marituba, cujo sistema viário, da área urbana à periferia é uma lástima.
  • No final deste mês a Ufra irá receber equipe de avaliação do MEC para obter a autorização de implantação do curso de enfermagem no campus Parauapebas.
  • Será o primeiro curso na área da saúde oferecido pela Universidade Rural, que já dispõe oferece vagas para concurso dos professores e infraestrutura básica para as primeiras turmas.
  • O presidente da Ordem no Pará, Alberto Campos, conduziu nesta semana sessão ordinária do Conselho Seccional, depois de dois meses em tratamento contra a Covid-19.
  • Em reunião virtual, o Conselho aprovou tornar permanente a Comissão de Advogados em Início de Carreira e adotou medidas contra abuso de poder de autoridades contra advogados.
  • Há uma placa de concreto próxima ao supermercado Formosa na esquina da José Bonifácio que facilita a entrada de clientes, mas atrapalha os demais transeuntes.
  • Aliás, as ruas de Belém estão repletas de enormes buracos, alguns com remendos horrorosos. Dizem as más línguas tratar-se de obra malfeita, mas superfaturada.
  • Em sua transmissão semanal, o presidente Jair Bolsonaro chamou a CPI da Covid de “xaropada”, defendeu a cloroquina e deu a entender que gostaria de depor.
  • Ao simular resposta ao relator da Comissão, senador Renan Calheiros, Bolsonaro disse que “frase não mata ninguém. O que mata é desvio de recursos públicos”.
  • Em depoimentos, os ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, além do atual, Marcelo Queiroga, negaram ordens diretas do presidente por cloroquina ou contra o isolamento social.

Covid-19

Maus vizinhos dão as caras na pandemia

Olavo Dutra/CNM

Pesquisa rápida feita pela Confederação Nacional de Municípios aponta que não há ações de cooperação entre o Brasil e os países que compõem a linha de fronteira e as cidades-gêmeas para o enfrentamento da Covid-19. Dos 82 municípios que participaram do levantamento, 95,1% afirmam que não houve empréstimo de oxigênio do país vizinho ao município brasileiro, e apenas 2,4% disseram ter recebido medicamentos do “Kit intubação” cedido ou emprestado.

O levantamento, feito entre os dias 26 e 30 de abril, focou nas prefeituras localizadas nos três arcos de divisa – Norte, Centro e Sul – do Brasil. O objetivo da pesquisa foi identificar se há cooperação entre os países latino-americanos e como ocorre o enfrentamento da pandemia, principalmente nos 204 municípios brasileiros que compõem a linha de fronteira e as cidades-gêmeas.

Conforme indica o mapeamento, 25 municípios afirmam ter medidas cooperativas entre os ministérios dos dois países vizinhos. No entanto, quando o questionamento é se o residente brasileiro pode se vacinar contra Covid-19 no país vizinho, apenas 4,9% responderam positivamente. Em contrapartida, 28% dos gestores locais afirmaram que residentes estrangeiros podem tomar a vacina financiada pelo governo federal brasileiro.

De modo geral, a pesquisa indica que a possibilidade de os brasileiros se vacinarem nos países vizinhos é de apenas de 12,2%, enquanto as chances de um estrangeiro receber a vacina nos municípios fronteiriços são de 28%. A conclusão é de que a falta de cooperação identificada na maioria dos municípios reflete diretamente na população, visto que o constante deslocamento de pessoas e serviços entre os municípios se mostra como intensificador da disseminação do vírus.

Os dados levantados mostram ainda que é praticamente inexistente a cooperação entre os municípios fronteiriços em relação à cessão de equipamentos essenciais para o tratamento de vítimas da Covid-19, como os cilindros de oxigênio, medicamentos e instrumentos utilizados no processo de sedação e intubação.