Por Olavo Dutra | Colaboradores
Para fazer o que prometeu aos brasileiros em uma eleição com o País partido ao meio, Lula precisará fazer concessões maiores do que fez em 2002. As mesmas e outras que Dilma não fez em 2014 e por isso padeceu um impeachment.
Olhando a “lista de convocados do técnico do PT para a Copa de 2023” que começará em primeiro de janeiro, como caracterizou um colaborador da coluna, fica a nítida impressão de que permanece a mesma arrogância que levou o partido ao fundo do poço, com denúncias de corrupção, em 2005 e, depois, retornou de maneira eloquente, sem que o PT jamais tenha feito o mea-culpa das asneiras que espalhou pela vida pública nacional.
“Rainha da Inglaterra”
Nomes como dos petistas Alexandre Padilha, Rui Costa, Fernando Haddad, Camilo Santana ou até algum outro que não foi sequer falado para a pasta da Fazenda só é uma hipótese se esse personagem for uma ‘rainha da Inglaterra’. A hipótese remota de Lara Resende na Fazenda, sonho de consumo de qualquer presidente, ainda está sendo tratada diretamente pelo presidente, que destinaria o Planejamento a um político do partido.
Fernando Haddad vem, ele próprio, alimentando os boatos de que será o ministro que conduzirá a vida econômica do País, como sugere a lista petista. Os mais críticos diriam que se Lula fizesse isso seria como colocar o capitão Dunga de 1994 no meio do campo do Chelsea atual. Travaria a máquina – porque o que o mercado espera de Lula é bom senso.
Espaço no tamanho certo
Obviamente, o PT terá o seu espaço e será menor do que o partido almeja, mas será grande. Prestigiada com o presidente eleito, Gleisi Hoffmann também entrou na transição em posto de comando, indicando que deverá estar no Planalto – Casa Civil, organizando a administração, posto que já ocupou com Dilma Rousseff, ou na Secretaria de Governo, comandando a articulação política, como tem feito na eleição e na transição. Para esse último posto fala-se também nos nomes de Jaques Wagner e Alexandre Padilha.
Aliados de longa data
Aliados de primeiríssima hora de Lula e pilares no Senado e na região norte-nordeste, os senadores Renan Calheiros e Jader Barbalho foram fundamentais para reduzir o tamanho da campanha de Simone Tebet, que poderia dar muito trabalho se embalada pelo conjunto do partido. Embora Tebet tenha seu espaço próprio, Lula também terá que agradar esses aliados de longa data. No entorno do petista, a ida de Renan e do filho mais velho de Jader para um ministério é dada como certa.
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