Apesar dos riscos, governo do Pa

mantém concurso da Polícia Civil

Com o novo pico de casos de contaminação e de mortes por Covid-19 registrados, o Pará tem menos da metade de leitos, se comparado ao período crítico de 2020. Ignorando a situação que o Estado vive devido à pandemia, o governo do Pará já informou que as provas do concurso da Polícia Civil, previstas para os dias 21 e 28 deste mês, não serão adiadas. A OAB adiou o Exame de Ordem, prova que estava prevista para este domingo. Outros Estados  também adiaram provas de concursos, como o Paraná. 

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Teimosia cara

Então, qual o motivo de o Pará insistir em manter as datas do certame, que têm mais 133 mil inscritos para Polícia Civil, com participantes de todos os Estado da Federação? Como conter o caos promovendo aglomeração qualificada, com mais de 60 mil pessoas, inclusive de fora do Estado, algumas delas (foto) com a presença do próprio governador?

Explica-se

Então, o governador do Pará não quer adiar a prova por que, independente dos riscos? Por interesse eleitoral. Ele sabe que, se adiar, não terá nenhum policial incorporado no governo dele antes da eleição de 2022. O concurso, com a fase de formação, dura 18 meses. Assim, adiando, os novos policiais só ingressariam depois de 2022.

Dito popular

Diz a lenda que “brasileiro só fecha a porta depois de arrombada”. As propostas de enfrentamento da pandemia no Pará depois do fechamento de quase 1,5 leitos que eram disponibilizados para o tratamento de Covid-19 confirma o dito popular, mas é justamente o que o governo do Estado tenta fazer junto às prefeituras. Hoje, diz-se que o toque de recolher parece ser a única solução capaz de conter o caos que se avizinha na saúde pública – de onde se conclui que os erros na condução do problema têm padrão nacional.

Vai aderir?

Se o prefeito Edmilson Rodrigues optar por aderir ao consórcio nacional de prefeitos para compra de vacinas contra a Covid-19 deve ter experimentado uma epifania entre domingo e segunda-feira. Só pode. Conforme a coluna informou na edição de terça-feira, domingo o prefeito de Belém dizia que, naquele momento, a prioridade era acompanhar a eficácia do Plano Nacional de Vacinação, de responsabilidade do governo federal, alegando as dificuldades de logística dos municípios para tamanha empreitada. Mudou, ele?  

Efeito pandemia

O Fórum Econômico Mundial estima, como consequência da crise da Covid-19, que 18% das micro e pequenas empresas na China, que respondem por cerca de 80% dos empregos do país, quebraram entre fevereiro e maio de 2020. Nos EUA, 20% das empresas com menos de 500 funcionários fecharam definitivamente entre março e agosto de 2020. Resumo: mais de 150 milhões de pessoas teriam sido levadas à pobreza extrema.

Sem escola

Jovens entre 15 e 24 anos foram os primeiros a perder empregos durante o confinamento e a ter sua renda comprometida. Em muitos países, eles tiveram o acesso à educação e ao aprendizado interrompido pela ausência de conectividade digital, de apoio adulto ou de espaço adequado para estudar em casa. Oitenta por cento dos alunos ficaram fora da escola em todo mundo, com a suspensão do ensino tradicional em sala de aula. Ao menos 30% da população estudantil mundial não teve acesso à tecnologia para o ensino.

Seu pitaco

Vai até amanhã a possibilidade de participação de advogados, procuradores do trabalho e a sociedade em geral no desenho do planejamento estratégico da Justiça do Trabalho no Pará e Amapá. Por meio de um formulário que lista os principais objetivos daquela Justiça especializada, qualquer pessoa pode “dar pitaco”, como se diz no jargão popular, no que a Justiça do Trabalho pode fazer para melhorar sua atuação.

Infame “jeitinho”

Com os barcos lagosteiros do Ceará exauridos pela pesca predatória, hoje, tudo que se movimenta de crustáceo naquele Estado sai da costa paraense. Aliás, o que se diz é que os barcos aqui não se adequaram para renovar suas licenças e recorreram justamente ao Ceará – onde as modestas exigências deram com os burros n’água – para obter “licença precária” de pesca. Licencia lá, pesca aqui. Quem vai tapar o “buraco” ninguém sabe.

Crime “legal”

Distribuir alevinos de forma aleatória, como andam fazendo o governo do Estado e algumas prefeituras paraenses é fomentar a ilegalidade, uma vez que a atividade aquícola paraense até hoje não dispõe de qualquer ordenamento jurídico. Por essas e outros, produtores de pescado em cativeiro torcem o nariz quando se fala nessa modalidade de produção no Pará.  Como diz o velho ditado, “o que não tem remédio remediado está”.

Caça e pesca

Sabe-se agora: na noite do último domingo, em Novo Progresso, ladrões invadiram a loja de artigos de caça e pesca “O Panelão”, à avenida Jamanxim, e  levaram grande quantidade de armas de fogo. De acordo com a Polícia Militar, mais de 50 armas, entre revólveres e pistolas foram furtadas.  Uma câmara de segurança flagrou um veículo suspeito no local no momento do furto, mas até agora não se tem notícias dos autores do crime.

  • Fonte de peso no governo do Estado garante: o vice-governador Lúcio Vale irá mesmo para o Tribunal de Contas dos Municípios, conforme a coluna antecipou.
  • Mais: a linha de sucessão do governador Helder Barbalho passa pelo nome do deputado Francisco Melo Chicão, atual presidente da Alepa, o que também foi antecipado aqui.
  • O presidente da OAB-Pará, Alberto Campos, que testou positivo para Covid-19, está internado em São Paulo.
  • O advogado Sérgio Couto, ex-presidente da OAB-Pará, segue em tratamento em Belém e seu estado inspira cuidados.
  • De ordem do presidente Zeca Pirão, a Câmara de Belém suspendeu o expediente até  o dia 15 desde mês, em função do agravamento dos casos de Covid-19. O prazo é prorrogável.
  • A reitora da Unama, Betânia Fidalgo, é uma das homenageadas na exposição “Mulheres Empoderadas de Sucesso”, do Parque Shopping, aberta para visitação até o dia 8 deste mês.
  • A exposição conta a história de mulheres que têm contribuído para a valorização feminina no âmbito educacional, social, político, econômico e cultural.
  • A Sespa abriu mais 50 leitos clínicos no Hospital de Campanha do Hangar, em Belém. Os leitos estão disponíveis no sistema de regulação do Estado desde segunda-feira.
  • O Hospital de Campanha do Hangar já contava com 250 leitos, sendo 150 leitos clínicos e 100 Unidades de Terapia Intensiva. A partir desse acréscimo de leitos, serão 300 leitos no total.
  • Cultura do desperdício: a piscina olímpica do campus da UFPA em Castanhal está entregue às baratas, aliás, aos “ratos” – assim entendidos desocupados que a utilizam à la vonté.
  • Cairia bem o projeto social que disponibilizasse o espaço para as comunidades adjacentes, mas a Universidade deve estar ocupada com outros problemas.
  • O TRF da 1ª Região ampliou de 28 de fevereiro para o dia 31 de março o prazo final da etapa preliminar de restabelecimento das atividades presenciais, em decorrência das cautelas sanitárias exigidas para minimizar os impactos da pandemia.
  • Até a última segunda-feira, a pandemia havia infectado 10,5 milhões de pessoas em todo o País, com cerca de 255 mil mortes registradas.
  • Vários Estados foram postos nos últimos dias sob regime de lockdown, tentativa de frear o aumento do contágio e reduzir o nível do colapso que o sistema hospitalar público e privado.
  • O Programa de Apoio a Projetos Locais do Instituto Alcoa, que prevê contribuir com a educação e o desenvolvimento dos territórios nos quais atua recebe inscrições de projetos até o dia 31 deste mês.
  • A iniciativa apoiará projetos locais desenvolvidos por organizações da sociedade civil e do poder público na área de educação, com foco em ensino fundamental e geração de trabalho e renda.