O defensor público do Estado, Paulo Ledo, recebeu grupo de aposentados, na última segunda-feira, com a educação devida e sem a presença de representantes do Igeprev e da PGE, conforme anunciara em publicação no Diário Oficial. Reportando-se à coluna, textualmente, Paulo Ledo se disse “injustiçado”/Fotos: Agência Pará.

Cândido que nem um anjo de afresco pintado por Michelangelo na Capela Sistina e diplomático como um cardeal secretário de Estado do Vaticano. Assim o Defensor-Público-Geral do Estado, Paulo Ledo, se comportou na reunião por ele convocada para a última segunda-feira, a partir das 9 horas, com um grupo de colegas defensores que definem vinculações funcionais e aposentadorias no âmbito do Igeprev, entre outras pautas. Durante o encontro, com direito a cafezinho aos convocados que até a semana passada fizera tremer nas bases, ante o risco de perda de vencimentos e direitos adquiridos ao longo da carreira pública, o defensor-geral se referiu textualmente ao noticiário da coluna dizendo-se “injustiçado”. Há controvérsias – e o Diário Oficial do Estado que o diga.

Nem Igeprev, nem PGE deram as caras no encontro, conforme anunciara publicação oficial assinado por Paulo Ledo na semana anterior, na qual recomendava, inclusive, que os aposentados levassem seus respectivos advogados, sob a ameaça de que, sem acordo, a Defensoria faria valer o “peso do braço do Estado”. A novidade na reunião no gabinete do Defensor-Geral foi a presença do defensor público Edgar Alamar, que tem alta inserção entre seus pares, já que foi o mais votado na eleição para DPG. Paulo Ledo foi apenas o terceiro mais votado  e ainda assim acabou  nomeado pelo governador Helder Barbalho.

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Brasília, 18 horas

Eletrobrás – O Tribunal de Contas da União julga hoje a primeira fase da privatização da estatal, com tendência de aprovação.

Pito – O presidente da Câmara, Arthur Lira, diz que o ministro da Economia, Paulo Guedes, tem função importante, mas precisa se submeter ao chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira. “Todo governo tem que ter hierarquização. O presidente, o ministro da Casa Civil e depois os outros”, afirma.

Predileção – O presidente Jair Bolsonaro editou decreto que concede à Casa Civil a palavra final em divergências de ministérios sobre atos normativos.

Combustíveis – Lira também diz que a preocupação da equipe econômica com o impacto das propostas de emenda constitucionais para desonerar a gasolina fez com que perdessem força, e agora a ideia é focar no projeto que muda o ICMS.

Banco Central – A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado cancelou sabatina prevista para hoje de dois indicados à diretoria do BC, daí que o banco  poderá estar desfalcado na próxima reunião do Comitê de Política Monetária, em março.

“Risco Lula”  O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse ontem que o receio do mercado com uma mudança de governo se reduziu. Campos Neto respondeu à jornalista Miriam Leitão, da Globonews, que perguntou se uma vitória do ex-presidente Lula já estava precificada.

Terceira via – Depois de sinalizar que vai permanecer no partido, o governador Eduardo Leite se encontrou ontem com o prefeito do Rio, Eduardo Paes, e com o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab. Ficou no ar a impressão de que Leite ficará no PSDB e disputará a reeleição.

Federações – Os presidentes do MDB, Baleia Rossi, do União Brasil, Luciano Bivar, e do PSDB, Bruno Araújo, se reúnem hoje para discutir uma federação entre as siglas. A dificuldade são divergências estaduais e municipais.