O que mais se comentou, ontem, nos bastidores  do Grande Templo da Igreja Universal do Reino de Deus, em Belém, foi o suposto encontro, no fim de semana, reunindo o deputado Fábio Freitas, do PRB, e o governador Helder Barbalho, oportunidade em que o parlamentar teria celebrado “pacto de sangue” para ir “até o fim com o governador”,  ignorando todas as orientações emanadas da cúpula da Igreja. Como presidente do partido no Pará, pesa nas costas de Fábio Freitas certa responsabilidade pela cada vez mais improvável reeleição do deputado federal Vavá Martins. Aliás, o que se diz também é que ambos teriam caído em desgraça junto a lideranças e obreiros da Igreja porque estariam “manobrando” nos bastidores para transferir para bem longe pastores que se recusam a colaborar com o projeto político do PRB, tal e qual acontece nos escritórios da Emater que estão, com as bênçãos do governador Helder Barbalho, sob controle do partido.

E por falar em manobra

Não é verdade que o governador Helder Barbalho se empenha pessoalmente na empreitada de tentar tirar do senador Zequinha Marinho, seu virtual adversário na campanha de reeleição, o controle do Partido Social Cristão. Parlamentares ligados à base do governo no Pará acreditam que Helder conseguiria essa façanha por conta das mexidas que vêm sendo registradas no tabuleiro político nacional, como no caso do PTB, que saiu das mãos do deputado Josué Bengtson para o controle do delegado Everaldo Eguchi, candidato derrotado na disputa pela Prefeitura de Belém, ou mesmo a pressão do comando da Igreja Universal sobre pastores e parlamentares que estão na tipoia do governador. Mas, como diria Gerson Peres, em política, até boi voa.

A única certeza é da morte

É estranho, mas parece haver um sentimento de angústia entre apoiadores do governador Helder Barbalho com relação ao sucesso da reeleição para um segundo mandato. À percepção de que Helder tem controle absoluto – ou quase – de partidos na Assembleia Legislativa e instituições esbarra em temores baseados na máxima de que “a unanimidade é burra”, sem falar nos vários problemas que o chefe do Executivo tem a resolver com a Justiça, no caso das denúncias envolvendo recursos da saúde, em processos que continuam no Superior Tribunal de Justiça prestes a explodir. O próprio governador já deu sinais claros dessa preocupação, ao praticamente escalar o presidente da Alepa, Chicão Melo, como seu vice, mandando Lúcio Vale para a vitaliciedade de conselheiro no TCM.

Parece rastilho de pólvora

Nos bastidores, há um coro de descontentes com Helder Barbalho que inclui professores, produtores rurais, policiais civis e militares, ao mesmo tempo em que a tropa bolsonarista  aumenta a ponto de desafinar a banda governamental. Sentimento semelhante é observado entre empresários em reuniões fechadas, enquanto o governador segue em uma corrida meio que desesperada por votos que lhe custa o esforço físico e mental de visitar três municípios por dia nos finais de semana. Parece haver alguma coisa fora de ordem nessa sinfonia.

• A eleição para renovação da diretoria da Fiepa, agora em março, deve ter mais de uma chapa concorrente. Uma delas deve ser integrada por empresários que não são da capital, para quem o tempo de José Conrado (foto), atual presidente, já acabou.
• Três onças foram abatidas, semana passada, na fazenda de um figurão do Estado que enveredou na criação de boi. As onças estariam matando animais da rica criação.
• O delegado Everaldo Eguchi estará em Brasília, nesta sexta-feira, para se reunir com o presidente do PTB, Roberto Jeferson e assumir o comando do partido no Pará.
• O grupo maranhense  Mateus, com 34 supermercados e 80 lojas de varejo em todo o Pará, firma-se como o maior conglomerado comercial e projeta o dobro de crescimento para os próximos anos.
• Os executivos da empresa veem no Estado um porto seguro para seus investimentos e apostam nos grandes projetos, ferrovias e rodovias para instalar novas lojas, visando maior crescimento no Pará. 
• Encarregada de fomentar a produção de cacau  no País, a Ceplac completa 65 anos neste mês e pretende mostrar ao Brasil e a outros países sua importância entre os maiores produtores de amêndoas do mundo.
• O Pará é o maior produtor do Brasil, com 150 mil toneladas, tendo superando a Bahia, com uma produtividade recorde de quase uma tonelada por hectare em sistema agroflorestal, considerado o menos danoso ao meio ambiente, e faturamento que passa de R$ 1bilhão.
• A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, pretende  promover muitos eventos nos Estados produtores, atraindo as atenções da agricultura familiar.
• A ideia é duplicar a produção na próxima década para atender um mercado nacional cada vez mais exigente de amêndoas de qualidade para o fabrico de chocolates de excelência.

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