Dos espaços vazios na Câmara de Vereadores de Pau D’Arco, o mais frequente é o do vereador Cleiton Chaves, o ‘Cleitinho’, um dos auxiliares mais importantes do secretário Igor Normando/Fotos: Divulgação.
“Cleitinho”, recordista em pedidos de licença na Câmara, é o escolhido pelo também licenciado deputado estadual e agora secretário Igor Normando para conduzir ‘programas e ações itinerantes’ da Secretaria de Articulação da Cidadania do governo do Estado.
Em suas redes sociais, o vereador licenciado de Pau D’Arco Cleiton Chaves, o Cleitinho, passa ‘para avisar que, a partir …, assumo a diretoria de Ações e Programas da Secretaria de Cidadania junto ao deputado e secretário Igor Normando…’ Pau D’Arco, município do sudeste do Pará, a quase 900 quilômetros de Belém, conta com cerca de 6 mil habitantes, segundo dados – defasados – do IBGE.
O vereador Cleitinho faz jus ao nome do partido ao qual é vinculado – o mesmo do deputado licenciado Igor Normando, que assumiu o lugar de Ricardo Balestreri na Secretaria de Articulação da Cidadania neste segundo ato do governo Helder Barbalho: Podemos. Podem muito…
Cadeira sempre vazia
Quem visita a Câmara de Pau D’Arco identifica os dez vereadores pelas placas dispostas sobre a bancada do plenário, mas há muito tempo não vê a cara do parlamentar eleito para ocupar um dos lugares – o primeiro da lateral esquerda do salão -, onde se lê: Cleitinho, Vereador-Podemos.
Não é exagero dizer que Cleiton Chaves, o Cleitinho, é o vereador que mais acumula licenças na Casa – sempre para tratar de assuntos particulares, não necessariamente pessoais, diga-se de passagem.
Escolha de Normando
Como manda a regra, antes de postar a escolha de Igor Normando para responder pelos ‘programas e ações itinerantes’ da Secretaria de Articulação da Cidadania, Cleitinho entrou com mais um pedido de licença na Câmara, de 120 dias – como se fosse se submeter a um estágio probatório no novo cargo nesse período. Mas, embora a licença anterior lhe tenha rendido missão mais paroquial, acabou virando um problema.
Base em notícia de fato
Foi no cargo de secretário de Saúde do município que o vereador licenciado tropeçou e acabou exonerado, depois de denúncias de desvio de R$ 2 milhões de verbas da saúde e a abertura de procedimento do Ministério Público com base em notícia de fato. A medida foi provocada pelo vereador River Nunes de Sá, à luz da Lei de Improbidade Administrativa.
Gastou, não comprovou
A denúncia se refere ao Procedimento Licitatório – modalidade inexigibilidade – 6/2021-001-FMS, sem notas fiscais da empresa vencedora, sem discriminação do serviço prestado e sem o nome do hospital ou posto de saúde onde teria sido executado o serviço, tornando a comprovação de gastos “impossível”, diz a denúncia.
Dá um tempo…
Dizem em Pau D’Arco que a denúncia deixou o vereador tão agastado que decidiu aceitar o cargo na secretaria de Igor Normando. Dizem.