Duas posições distintas manifestadas pelo prefeito de Ananindeua e a deputada federal Alessandra Haber sugerem que há mais entre o céu e a terra do que se imagina nos arraiais políticos/Fotos: Divulgação.

Em declarações públicos alternadas em espaço de sete dias, Daniel Santos declara fidelidade ao governador, ‘líder do processo de reeleição em Ananindeua’, enquanto a deputada Alessandra Haber embarca na ala bolsonarista contra o projeto das fake News.

Uma semana depois de o prefeito Daniel Santos declarar fidelidade ao MDB e definir o governador Helder Barbalho como “líder no processo de reeleição em Ananindeua”, a mulher dele, deputada federal Alessandra Haber, entra na contramão na linha do trem. As declarações de Daniel Santos foram feitas à jornalista Franssinete Florenzano.

Em Brasília, Alessandra Haber se alinhou à ala bolsonarista de combate ao PL 2630, que tem como meta, segundo os governistas, combater fake news e discursos de ódio. Alessandra vai, inclusive, contra a orientação do próprio governador, aliado do presidente Lula e defensor da proposta, como manda o figurino. Não que Alessandra seja obrigada a concordar com o marido, fique claro desde já, mas que é esquisito, é.

Democracia e liberdade

Nas redes sociais, a deputada federal reproduziu o discurso bolsonarista de que o projeto é uma “ameaça à democracia e à liberdade de expressão”, como justificativa para declarar voto contrário ao projeto de lei, que seria votado no início da semana, mas acabou sendo adiado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira.

 “Votarei não ao atual texto do PL2630. É urgente combatermos a desinformação, mas sem ameaçar de maneira nenhuma a liberdade. Vamos continuar discutindo com prioridade o assunto para chegar a uma proposta que combata fake news e garanta os direitos fundamentais”, escreveu a mais votada do Pará.

Faz parte do cenário

A estratégia de adiamento foi deflagrada depois que a bancada governista passou a ter dúvidas sobre o número de votos que teria para aprovar o projeto. Surpresas como a causada pela deputada Alessandra Haber compõem esse cenário. O texto precisava de maioria simples dos votos, desde que confirmado o quórum mínimo de 257 deputados em plenário. Ainda não há uma nova data para a votação do projeto.

Papo Reto

  • Meia volta: em uma nota sem pé nem cabeça, o presidente do Conselho Deliberativo do Remo, Milton Campos (foto), suspendeu o processo eleitoral para escolha de oito novos beneméritos do clube.
  • A nota não deixa claro o passo seguinte: ao mesmo tempo em que cita que não haverá “análise dos recursos protocolados”, diz que decisão é para possibilitar “a análise dos fundamentos da citada”.
  • Parece que o cardeal Ubirajara Salgado, com toda a sua experiência, se meteu numa grande furada.
  • Um indício da inversão de papéis na Diocese de Bragança: nota oficial da Cúria Diocesana sobre o estado de saúde da Bispo Coadjutor Dom Raimundo Possidônio não foi assinada nem pelo bispo titular, nem pelo Vigário Geral, mais por um vigário diocesano.
  • O governo do Estado encontrou um jeito de acomodar três novas secretarias sem gastar muito dinheiro.
  • Duas secretarias ocupam espaço no Centro Integrado de Governo e outra deverá se instalar no prédio que pertenceu à Paratur, próximo ao Comando-Geral da PM.
  • As luminárias de várias praças de Belém estão acessas continuamente, de dia e de noite, sem que, até agora, tenham despertado a atenção da Prefeitura de Belém.
  • A concessionária de energia elétrica, que não livra a cara de ninguém quando o assunto é faturar, penhoradamente agradece, mas o contribuinte, que paga a conta, aguarda providências.
  • Veículos de uma secretaria de governo parecem leite no mel: são usados para uso exclusivo, só que a serviço particular dos diretores. Os motoristas só estão vendo os carros passarem…
  • O Senado aprovou o trem da alegria no Ministério Público da União, isto é, o projeto que eleva a escolaridade dos técnicos de nível médio para nível superior como exigência ao ingresso na carreira dos servidores.
  • Em turno único, o projeto foi aprovado em votação simbólica, sem nenhuma discussão sobre o impacto orçamentário da matéria nos cofres públicos.
  • Dizem que o texto aprovado é inconstitucional, por ter sido alterado via emenda ‘jabuti’, de autoria da deputada federal Erika Kokay, do PT.