Leitores da coluna manifestam opiniões diferentes acerca do resultado das eleições em que o trem do governador Helder Barbalho, eleito com mais de 70% dos votos, arrastou vagões com todo tipo de carga, todas igualmente ‘pesadas’, de certo modo. Para alguns, Helder Barbalho ‘deu um nó’ em algumas chamadas lideranças políticas; outros entendem que o governador simplesmente ‘dizimou’ a base aliada na Assembleia Legislativa do Estado e além, criando uma nova para chamar de sua.

Digamos que Helder usou uma estratégia aplicada no sistema penal – e aqui não vai qualquer referência a Jarbas Vasconcelos, que saiu do Sistema para tentar vaga na Assembleia Legislativa e não conseguiu: o governador ‘isolou lideranças’  – não necessariamente perigosas, mas, de alguma forma desconfortáveis – criando ambiente próprio e talvez até mais econômico para implementar nova gestão, fazendo vítimas os deputados Cristiano Vale, Nilson Pinto e Vavá Martins, sem falar no ex-prefeito Manoel Pioneiro e no ex-senador Flexa Ribeiro, entre outros.

Uma nova base

A nova base de Helder Barbalho na Assembleia Legislativa, que irá receber 19 novos deputados, é equivalente a quase um terço da Casa, taxa de renovação de cerca de 46%. Em tese, isso representa que o governador não dependerá tanto de ‘agregados’, como a banda do PSDB que se abrigou sob as asas do tucano Nilson Pinto, ele mesmo um sem-destino político, já que não logrou êxito – nem ele, nem a mulher Lena Pinto -, apesar dos R$ 5 milhões recebidos do Fundo Eleitoral – mas isso é apenas um detalhe, entre tantos.

Perdas e danos

No balanço de perdas e danos, a lista dos até então improváveis – exceto com relação às candidatas do Psol – derrotados nas urnas nas eleições de ontem na corrida por vaga na Câmara Federal e na Assembleia Legislativa inclui Lena Pinto, Nilson Pinto, Cristiano Vale, Paulo Bengtson, Vavá Martins, Vivi Reis, Marinor Brito, Nice Tupinambá e Nay Barbalho. Como se vê, o fogaréu atingiu grandes proporções, fazendo estragos em quintais próximos ao governador e até na aldeia…

Quem manda é o cacique

Uma das conclusões é de que processos judiciais deverão começar a andar no Superior Tribunal de Justiça, que a Igreja Evangélica não está tão coesa como pretendo aparentar – caso em que não é mais a mesma -, oposição nutela perdeu o trem da história, que a presidência do TCM não mereceu o apoio necessário e que quem manda é o cacique.