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Afinal, a quem interessa a manutenção de interinidade nas serventias extrajudiciais no Pará? Recentemente, o Tribunal de Justiça do Estado publicou a relação das serventias extrajudiciais vagas, e várias serventias extrajudiciais consideradas “filé mignon” seguem atualmente ocupadas por interinos, entre elas o Cartório Marítimo, o Cartório Privativo de Casamentos e o 1° Tabelionato de Protestos, em Belém, além do Cartório de Registro de Imóveis de Castanhal. O último concurso público para preenchimento de vagas data de 2015, finalizado em 2020.
Serventia vaga há quase 20 anos
Àquela época, o Cartório de Registro de Imóveis de Castanhal e o Contrato Marítimo de Belém não estavam vagos e, por isso, não constaram do edital. Ambos vagaram em 2018, já no trâmite do concurso, quando o Tribunal de Justiça fez consulta ao Conselho Nacional de Justiça para saber se poderia disponibilizar a escolha das serventias então vagas durante o certame, mas o CNJ não autorizou. O 1° Tabelionato de Protestos de Belém vagou recentemente. O Cartório de Casamentos de Belém também foi ofertado no concurso, mas, como estava sub judice, ninguém arriscou escolher. Consta do edital do concurso que a serventia estaria vaga desde 2003.
A quem interessa a interinidade?
A Lei 8.935/1994 determina que os Tribunais realizem concurso publico para outorga de serventia em seis meses da sua declaração de vaga. Por esse motivo, o TJ tem que divulgar semestralmente a lista de serventias vagas. Contudo, se existem essas e tantas outras serventias vagas no Estado, por qual motivo o TJE insiste em manter os interinos e não realizar novo concurso público? Seria pelo fato de os interinos terem que devolver boa parte dos rendimentos ao Tribunal, ao contrário dos titulares, que têm direito à integralidade? Além disso, também há a situação de serventias com titulares nomeados há décadas, havendo poucas na capital sob controle de concursados do último certame.
Veja a situação de alguns dos cartórios:
Código (CNS) 06.611-8: Ativo
Denominação: Cartório de Protesto Vale Veiga 1º Ofício
Data da criação: 01/01/1920
Tipo: Oficializada
Situação jurídica do responsável: Vago
Atribuições: Protesto de Títulos
Responsáveis: José Carneiro da Costa
Tipo: Titular Serventia
Código (CNS) 06.841-1: Ativo
Denominação: Ofício de Notas e Registro de Contratos Marítimos – Cartório Marítimo.
Data da criação: 24/06/1933
Tipo: Oficializada
Situação jurídica do responsável: Vago
Atribuições: Notas, Registro de Contratos Marítimos
Responsáveis: Elaide do Socorro Leal Marques
Tipo: Interino
Data da Assunção: 06/11/2018
Código (CNS) 06.777-7: Ativo
Denominação: Cartório Kós Miranda – 6º Ofício de Notas de Belém, Pará.
Data da criação: 14/03/1960
Tipo: Privatizada
Situação jurídica do responsável: Provido – A titular ocupa a vaga desde 1960 e tem vitaliciedade garantida. O cartório só abrirá para concurso em caso de renúncia, morte ou perda da delegação por PAD
Código (CNS) 06.843-7: Ativo
Denominação: 4º Ofício de Notas Cartório Condurú
Data da criação: 31/03/1913
Tipo: Oficializada
Situação jurídica do responsável: Provido. O titular está no cargo desde 1983, tem vitaliciedade garantida e só abrirá para concurso em caso de renúncia, morte ou perda de delegação por PAD.
Código (CNS) 06.796-7: Ativo
Denominação: Cartório do 3º Ofício de Notas de Belém
Data da criação: 24/03/1866
Tipo: Privatizada
Situação jurídica do responsável: Provido. O cartório tem novo delegatário, provido por concurso.
Responsável: Eduardo Luiz Ayres Duarte da Rosa
Tipo: Titular Serventia
Data da Assunção: 05/06/2020
Obs: O Cartório de Casamentos de Belém mantém a titular no cargo por força de liminar concedida pela Justiça.
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Papo Reto
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