A Escola Palmira Gabriel, palco de cenário da violência que atinge unidades de ensino no Estado, é da jurisdição da 10ª. Unidade Seduc na Escola, cuja gestão é acusada de prática de abusos, assédio moral e politicagem, mas Secretaria ainda não se manifestou sobre o caso, provocando ataques da comunidade escolar ao secretário/Fotos: Divulgação.  

Documento encaminhado antes do ataque a aluno na Escola Palmira Gabriel por servidores ligados à 10ª Unidade Seduc na Escola a Rossieli Soares retrata que secretário precisa bem mais que alterar as regras para retomar a educação no Estado, como mudar os atores.

Ninguém disse que seria fácil.

Não bastassem a herança recebida, entraves da máquina e as denúncias de malfeitos da gestão anterior, incluindo suposto desvio de dinheiro público, o secretário Rossieli Soares tem pela frente um cipoal de pessoas e ‘personalidades’ que, ou serão removidas do sistema, ou vão sepultá-lo vivo antes que consiga tirar a educação do Pará do buraco em que está.

Um desses entraves, segundo a própria comunidade escolar, estaria no comando da 10ª Unidade Seduc na Escola, cuja jurisdição envolve a Escola Estadual Palmira Gabriel, a gestora Ione Alves. A “Palmira Gabriel”, como se sabe, virou centro de atenções quando teve um aluno esfaqueado por uma colega em sala de aula, no último dia 30.

Nada de providências

Antes desse ataque, servidoras dos estabelecimentos vinculados à 10ª. Unidade Seduc na Escola encaminharam dossiê de denúncias ao secretário de Educação, até hoje não respondidas. O documento aponta abuso de autoridade, assédio moral e politicagem praticados pela gestora que, destaca o documento, “cultiva desarticulação e intrigas entre os gestores das escolas e dentro da própria Unidade para se manter no cargo”.

Segundo o documento, “os abusos têm inviabilizado o planejamento dialogado ao cumprimento das atribuições dos gestores escolares, dentre elas a de construir diagnóstico sobre as realidades das comunidades escolares, estudos sobre os casos de violências e a execução de ações preventivas que devem evitar atos de violência”.

Ataque ao secretário

As denúncias apontam que as comunidades escolares e os servidores públicos estão constatando que “o secretário Rossieli Soares faz jus à sua reputação de se curvar à politicagem do governo que lhe presenteia com um cargo no Estado, desprezando os princípios constitucionais da administração pública e propaga discursos demagógicos defendendo a gestão renovada na Secretaria, mas mantém as velhas chefias politiqueiras, incompetentes, abusivas, assediadoras e arrogantes nos setores que devem trabalhar as comunidades escolares”.