Deputada estadual derrotada na campanha de reeleição nas eleições de outubro do ano passado, Paula Gomes suportou vaias e apupos, mas avisou ao prefeito Kaká Sena que a ‘forra’ virá. A irmão do ex-prefeito PH deu o recado da família, que deve se engalfinhar em menos de dois anos em nova disputa eleitoral no município/Fotos: Divulgação.

A deputada estadual Paula Gomes e o irmão dela, o ex-prefeito Paulo Henrique Gomes, o PH, não obtiveram sucesso na disputa eleitoral do ano passado – ela, à reeleição na Assembleia Legislativa do Estado; ele, à vaga na Câmara Federal -, mas Paula participou da inauguração da orla de Salinópolis, recentemente, e, sem meias palavras, ignorando vaias e apupos antes mesmo de pegar o microfone, deu o recado da família Gomes ao atual prefeito do município, Kaká Sena, primo e principal desafeto de PH, o mano, por quem Kaká foi eleito ao cargo e do qual se debandou depois de assumir. A sentença de Paula Gomes, cura e grossa: ‘A hora da verdade virá daqui a pouco menos de dois anos’.  

A deputada estadual se referia às eleições municipais. Tão logo cumprimentou as pessoas presentes ao evento, Paula Gomes espetou os olhos no prefeito Kaká Sena e avisou: ‘Não adianta pagar pessoas para me vaiar. A hora da verdade se dará quando novas eleições municipais irão decidir o futuro do gestor’. Kaká Sena não congelou. É da família.

Bala com bala

Sabendo previamente das intenções do prefeito Kaká Gomes para aquele dia, o ex-prefeito PH mandou buscar em São João de Pirabas apoiadores para responder às vais supostamente articuladas pelo sucessor. Pirabas, cidade vizinha, é administrada por Kamilly Araújo, mulher de PH, da qual se diz que deixa as decisões com o marido. Resumo da ópera: toma lá, dá casa de vais à simples menção de um ou outro – e a inauguração da obra acabou ficando em segundo plano.

Helder ‘deixa disso’ A cena já havia se repetido em Salinópolis em junho do ano passado, quando o governador Helder Barbalho promoveu seu último ato como chefe do Executivo antes de se licenciar para concorrer à reeleição. Na ocasião, Helder precisou quebrar o protocolo e tomar o microfone para acalmar os ânimos, já que os “contratados” de Kaká versus os contratados de PH estavam a um fio das vias de fato. Nos dois casos, o uso indevido de pessoas que nada têm a ver com a gestão dá a dimensão do que está por vir nas próximas eleições municiais na região.

Papo Reto

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  • Era de se esperar, em meio a tantas mágoas e ressentimentos: nas fichas utilizadas pelo ministro Jader Filho para lembrar e mencionar nomes ilustres durante a posse não apareceu o do deputado federal e primo José Priante (foto). Priante está definitivamente limado da família.
  • O Programa Forma Pará, da Secretaria de Ciência e Tecnologia seguem ministrando aulas nos polos municipais da Uepa, mas não recebem nem diárias e nem pró-labore desde setembro. A Fonte secou?
  • Citado para o cargo de presidente, o secretário municipal, Cláudio Puty, está familiarizado com o Basa. O pai dele, Alberto Puty, foi funcionário, e ele, quando estudante de Economia, estagiário.  Gente boa.
  • Erramos: Pedro Anaissi, novo secretário de Saúde de Belém, em substituição ao médico Maurício Bezerra, não é médico, mas economista.
  • Na lista de ‘estrangeiros’ encastelados no governo do Estado que a coluna costuma citar, agora acrescida do novo secretário de Educação, Rosieli Soares, faltava um – o ex-secretário de Segurança de Goiás.
  • Trata-se de Ricardo Brisolla Balestreri, que responde pela Secretaria Estratégica de Articulação da Cidadania desde o início da gestão de Helder Barbalho.
  • Balestreri chegou a ser convidado pelo governador Helder Barbalho para assumir a Secretaria de Segurança Pública do Pará, mas recusou o cargo, que acabou ficando com o delegado federal Ualame Machado.
  • Não é admissível, nem aqui, nem na Cochinchina alagamento em ruas da área urbana de Parauapebas. Com tanto dinheiro de royalties, além do valor devolvido pela Câmara no final do ano passado, não.
  • A comunidade da Escola Estadual Aldebaro de Macedo Klautau, no bairro do Tapanã, está assustada com a violência.
  • Semana passada, um grupo de homens armados invadiu, à noite, uma sala de aula e a “limpeza” de celulares e objetos pessoais de alunos e professores.
  • A reivindicação agora é que seja intensifica a ronda policial pelo bairro que fica bastante vulnerável no período noturno.
  • A propaganda oficial virou negócio nacional. Milionário e com produção de produtos à base não de óleo de peroba, mas de boto. Aguarda o enxame nas redes.