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Dia 5 de setembro, 2021, 9 horas

Comenta-se que um grande jornal da Região Norte teria recebido recomendação expressa para “aliviar a barra” do governo Jair Bolsonaro, passando a publicar notícias “auspiciosas” e evitando informações “desabonadoras”. Até os colunistas do impresso receberam instrução para priorizar informações favoráveis ao presidente. Bem, por óbvio, a decisão sai na contramão de alguns interesses políticos, um dos quais – todo mundo está careca de saber – manda bater no presidente todo santo dia. Isso é que é atender a Deus e ao diabo…

O que fez mudar a linha editorial do grande jornal ainda é uma incógnita, mas pressupõe-se a publicação de anúncios governamentais mais polpudos, uma vez que, é público e notório, jornais impressos simplesmente não sobrevivem sem a ajuda financeira a máquina governamental, seja federal, estadual, ou municipal. A um ano do início das campanhas eleitorais, o funil vai se estreitando e tornando mais difícil servir a dois senhores.

Decretos sobre volta aos
estádios complicam clubes

A Prefeitura de Belém e o governo do Estado voltam a dar sinais de que nem tudo são flores entra gestões. O episódio mais recente envolve os interesses de Remo e Paysandu no possível retorno das torcidas aos estádios. O reforço – mínimo – de caixa ais clubes seria viável pelo decreto estadual que garantia o uso de 40% da capacidade para pessoas imunizadas com pelo menos uma dose contra a Covid-19. Decreto municipal, porém,  baixou essa capacidade para 20%, jogando um balde gelo nas pretensões das duas diretorias. Vale ressaltar que, nesse tipo de situação, prevalece a decisão do município.

Pagar para jogar

O impasse está na porcentagem de pessoas, que leva em conta tanto o público pagante quanto imprensa, organizadores, aparato de segurança e planteis das equipes. Isso reduz ainda mais a capacidade de uso das arquibancadas. Com contagem de 20% a preços normalmente cobrados pelos ingressos, Remo e Paysandu teriam que pagar para jogar, já que os custos de cada partida seriam proporcionais ao valor da venda de ingressos.

Cessão de áreas no Aeroclube
antecedeu criação do parque

Em nota à coluna, a Infraero informa que os espaços explorados por um grupo atacadista e um empresário do ramo de combustíveis fazem parte do Aeroporto de Belém Brigadeiro Protásio de Oliveira, por ela administrado, e foram concedidos mediante licitações públicas promovidas nos anos de 2018 e 2019, momento anterior à decisão de implantação do Parque da Cidade. Nesse sentido, a Superintendência da Infraero reafirma que tem agido “com total transparência e responsabilidade” nas tratativas com o governo do Estado para o planejamento de transferência do aeroporto. Explica, mas não justifica.

Três décadas de uso

O Parque da Cidade, que irá ocupar o espaço do Aeroclube com atividades sociais, de lazer e culturais, terá dois vizinhos incômodos, mas definitivos. Um supermercado, pela avenida Doutor Freitas, já em funcionamento, e um posto de gasolina, pela Júlio Cézar, ainda em construção. Ambos foram autorizados pela Superintendência da Infraero no Pará para funcionar durante 30 anos – sem que o Estado possa desfazer os contratos.

Custo da energia elétrica leva

hospital a instalar placas solares

Será inaugurado nos próximos meses o novo sistema de placas solares do Hospital Abelardo Santos, em Icoaraci. A intenção é reduzir o valor das despesas com a conta de energia elétrica, que atualmente gira em torno de R$ 700 mil mensais. Após a instalação das placas, o hospital irá oferecer o serviço de parto natural, que exige uso de água utilizada. A água quente, que também já é usada em outros procedimentos, representa muito na soma dos custos com o consumo de energia elétrica na unidade.

Urina preta

Causada supostamente por uma toxina encontrada em peixes capturados em rio, como o tambaqui, e no mar, como o bandejo e a arabaiana, além de crustáceos como lagostins, 44 pessoas seguem acometidas da Doença de Half, no Estado do Amazonas, mais conhecida como doença da urina preta. O surto preocupa as autoridades sanitárias, já que a doença fez uma vítima fatal após levar à destruição das fibras musculares.

• O juiz Leonel Cavalcanti, da Comarca de Cachoeira do Arari, no Marajó, se diz “perseguido” pela Corregedoria do TJE e denuncia que qualquer decisão da sua lavra vira motivo de sindicância. Eis um caso que deve acabar nas barras do CNJ.

• Aliás, pelo que se vê, nem só a Corregedoria do TJE persegue o magistrado. Em dezembro de 2019, Leonel Cavalcanti teve que suspender o expediente na comarca por conta da presença de uma ameaçadora cobra jararaca.

• Mudança na Polícia Militar do Pará: o coronel Carlos Dória (foto) assumiu o Comando de Policiamento Especializado, responsável pela segurança em grandes eventos.

• O Instituto Nacional e Desenvolvimento Social e Humano informa que não manifestou interesse no certame de escolha da OS que irá administrar o Hospital Abelardo Santos, como a coluna publicou, nem visitou as instalações da unidade de saúde.

• As empresas aéreas regionais lançam apelo ao governo do Estado pela redução do ICMS cobrado sobre o combustível de avião. O valor do litro bate a casa dos R$ 13.

• Falando em combustível, quem abasteceu com gasolina, na última quinta-feira, ao preço de RF$ 5,70, teve que pagar até R$ 6, ontem, em qualquer posto da Grande Belém.

• O prefeito da Ufra, Walbert Fredson, preso na “Operação 3%” da Polícia Federal, foi indicado ao cargo pela recém-empossada reitora, Herdijania Veras de Lima.

• Segundo as investigações, o prefeito estaria utilizando de sua função para exigir vantagem indevida, no valor de 3% dos contratos de licitação.

• A Marujada de Bragança completou 223 anos. O presidente da Irmandade de Marujada é o João Batista Pinheiro, o Careca, há 40 anos, que sucedeu Arsênio Pinheiro, seu pai, que comandou a entidade por 50 anos.

• Detalhe: Arsênio chegou a brigar com o bispo da Diocese de Bragança, Dom Miguel Giambelli e, por dois anos,  não houve missa na igreja de São Benedito por ocasião do tradicional evento.

• O encontro não reuniu apenas nove generais de Exército no Comando Militar do Norte, em Belém, semana passada, como saiu aqui.

• Por ato falho, a coluna não citou o décimo geral, General de Brigada Chefe de Gabinete do Ministério da Defesa,  Cláudio Senko Penkal, que já serviu na capital paraense como chefe do Estado Maior do CMN.