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Bandidos reagem à ação da Polícia e promovem
massacre de animais em municípios do Marajó
Dia 21 de setembro de 2021, 7:42 horas
Há duas semanas, a Polícia Civil e a Polícia Militar do Pará, incluindo o Grupamento Aéreo, se mobilizaram em grande operação de combate ao roubo de gado nos campos do Marajó, especialmente nos municípios de Chaves, Soure e Santa Cruz do Arari. Nesses municípios, quadrilhas especializadas abatem animais e os descarnam em meia hora, em plena luz do dia, vendendo peças para consumo nos mercados da região e especialmente de Macapá, a capital do Amapá, abandonando os restos nos locais de abate, como o Lago Arari. A varredura, porém, provocou imediata retaliação dos bandidos que, na última semana, abateram centenas de animais (fotos) e invadiram casas de ribeirinhos, provocando pânico geral.
Peixes pequenos
A operação policial do último dia 8 reuniu agentes da Segurança Pública da Superintendência Regional do Marajó Oriental, Batalhão de Polícia Militar e Grupamento Aéreo, além de policiais civis e representantes da Agência de Defesa Agropecuária. Em deslocamentos fluviais, foram abordadas diversas embarcações operando irregularmente, inclusive quanto ao acondicionamento e transporte de gêneros alimentícios in natura e transporte da carne de espécimes da fauna silvestre. A “raia miúda”, como se diz, passou parou no crivo policial; os ladrões de gado, propriamente, sumiram sem deixar rastros.
Delegacia fechada
O detalhe é que a operação policial foi meramente episódica, cara e de resultados pífios; deixou mais problemas do que soluções para a população que vive nessas regiões. Ocorre que a nova Delegacia de Polícia de Santa Cruz do Arari, por exemplo, pronta, acabada e bem equipada, não funciona por falta de delegado, pessoal técnico e efetivo policial. Para se ter ideia, as denúncias de crimes e bandidos presos são encaminhados para Cachoeira do Arari, município que mal dá conta de resolver seus próprios problemas. O Marajó, enfim, além de outras carências, não se encaixa no bordão “segurança por todo o Pará”.