Farra com dinheiros públicos é escárnio
ante a crise que se abate sobre a população pobre

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Dia 21 de setembro de 2021, 12 horas

O Ministério Público do Pará acaba de contratar a empresa M.C Xerfan Recepções para fornecimento de alentado serviço de buffet durante um ano. O serviço inclui entradas à base de biscoitos, salgadinhos, pães, frios e pastas; água mineral, sucos, café e chás; prato principal com direito a acompanhamentos e “grandes sobremesas” para 20 pessoas; tortas mistas e por aí vai, no valor mensal de R$ 40 mil. Não faz tempo, a coluna anunciou a criação de um grupo de Whatsapp no âmbito do Conselho de Procuradores para escolha de menu, fato que provocou o maior desassossego entre alguns membros do parquet e a supressão do grupo, depois de trocas de mensagens “satanizando” a coluna. Mas, como se diz, nada melhor do que um dia atrás do outro: a gastança de dinheiros públicos continua impiedosa, mesmo que, nas ruas, nas farmácias, nos postos de combustíveis, no depósito de gás, nos açougues, mercados e supermercados e situação esteja cada vez mais braba.

Além de um grito

Quando se diz que os ricos estão cada vez mais ricos e os pobres, cada vez mais pobres não se trata apenas de um grito desesperado de quem não dispõe das mesmas facilidades para sobreviver à incruenta batalha diária. A farra com dinheiros públicos entre personalidades bem postadas no sistema não arrefeceu nem mesmo em plena pandemia, quando centenas de pessoas perderam a vida por falta de atendimento, leitos hospitalares, medicamentos e respiradores. No Executivo, no Judiciário e no Legislativo essa prática segue sem controle e ao arrepio do senso comum, à base do “quem for podre que se arrebente”.

“Primeiro os meus”

Há um caso mínimo, mas emblemático, que envolve de uma só vez três atores e no qual a corda sempre arrebenta no lado mais frágil. A Secretaria de Segurança Pública – ou seria a Polícia Civil? – não dispõe de material para a emissão de carteiras de identidade. Grosso modo, quem precisar do documento deve esperar no mínimo três meses. Essa situação atinge frontalmente as pessoas desassistidas pelo sistema, visto que, quem se atraca na tipoia de deputado estaduais da base do governo passa longe do problema: a eles o Estado fornece material para a emissão do documento em ações sociais tipo caça-voto. Que o diga o deputado Miro Sanova, useiro e vezeiro de usar o meu, o seu, o nosso dinheirinho para conquistar eleitores incautos e seguir se perpetuando no parlamente. Uma lástima!

Pará se destaca no
uso de energia solar

Dados da Aneel apontam que o Pará é um dos Estados aonde o uso de energia solar vem crescendo exponencialmente e em diversos setores, como o rural, empresarial, comercial, residencial e agora até em rabetas que navegam nos rios do interior. O programa Abrace o Marajó, do governo federal, também tem projeto de instalar centenas  de sistemas de placas solares em regiões onde a rede elétrica não chega para atender famílias ribeirinhas e a agricultura familiar.

Pesquisa aponta que
mapa é uma fraude

O famoso Mapa de Vinland, famoso por ter sido a imagem inicial do Novo Mundo – América do Norte e sudoeste da Groelândia -, datado supostamente do Século XV, não é verdadeiro. Pesquisadores da Universidade de Yale descobriram que a tinta usada para a confecção do mapa é do ano de 1920. “O mapa é uma farsa”, disse Raymond Clemens, curador dos primeiros livros e manuscritos da biblioteca da Universidade. O estudo revela que o cartógrafo criou intencionalmente uma farsa, envelhecendo o papel. Yale obteve o mapa em 1965, orgulhosamente anunciando que provava que os nórdicos – e não Cristóvão Colombo – teriam sido os primeiros europeus a chegar ao Novo Mundo.

  • Seja lá quem for o culpado, o certo é que suas excelências os governadores não querem mesmo abrir mão do ICMS cobrado sobre o preço dos combustíveis.
  • Patrocinar gastanças com dinheiro público exige muito dinheiro; muito dinheiro garante obras que, por sua vez, garantem otras cositas más
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  • Dias 6 e 7 de outubro Fafá de Belém (foto) apresenta, no Theatro da Paz, em Belém, o espetáculo “Foi Assim: A Música de Paulo André e Ruy Barata”.
  • O professor e pesquisador Pedro Vasconcelos fará palestra, dia 8 de outubro, na reunião Magna da Academia Brasileira de Ciências. Único médico da Amazônia membro titular da ABC, Pedro Vasconcelos falará sobre “As epidemias por arboviroses na população humana…”
  • Casos de ‘doença da urina preta’ avançam em cinco Estados. O maior número de notificações vem do Amazonas, onde as autoridades sanitárias analisam amostras de sangue e soro, além da água dos rios.
  • O governo federal zerou o Imposto de Importação de cinco produtos, entre os quais um remédio contra câncer e dispositivos para uso de pessoas com deficiência.
  • Ao implementar o aumento do IOF para bancar o programa em novembro e dezembro, a equipe econômica busca criar uma trava para manter o novo Bolsa Família em no máximo R$ 300. A ala política pressiona por valores maiores.
  • O presidente Jair Bolsona abre hoje a 76ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York. A expectativa é que ele mantenha o tom de seus discursos após a carta à Nação do pós-7 de setembro, podendo mencionar o marco temporal para terras indígenas e Amazônia.
  • Membros do Ministério da Economia avaliam como grande a chance de a janela de oportunidade para votação de reformas amplas no atual mandato estar se fechando.
  • Auxiliares do ministro da Economia, Paulo Guedes, defendem que o governo aproveite a trégua política do presidente Jair Bolsonaro para tentar solucionar os precatórios, o que destravaria o Orçamento de 2022 e permitiria o Auxílio Brasil.
  • O relator do projeto do Auxílio Brasil, deputado Marcelo Aro, do PP, quer que o benefício médio seja reajustado anualmente pela inflação e que as faixas de pobreza e extrema pobreza sejam ampliadas de acordo com índices de preços.