O pacote de privatizações anunciado pelo governo Helder Barbalho no setor rodoviário do Pará significa a entrega dos trechos mais rentáveis e de maior movimentação de carga, onde se prevê a criação de três ou quatro pedágios altamente lucrativos para o setor privado e menos custos de manutenção para o governo, através da Secretaria de Transportes. De quebra, deve reduzir o orçamento da Secretaria pela metade, senão mais, e significa porteira aberta para grandes investidores e custos maiores para o usuário.
Na ponta do lápis, as PAs-150 e 475 são as mesmas: partem da Alça Viária rumo aos municípios de Moju e Marabá. A PA-252 sairá da BR-316 rumo ao município de Acará, atingindo Concórdia do Pará, com opção de oferecer novo acesso ao Porto de Vila do Conde, em Barcarena. A PA-151 é a mesma que inclui a ponte sobre o rio Meruú, incluindo Cametá, Baião, Tucuruí e Breu Branco, o mesmo valendo para a PA-483.
Os 70 quilômetros apontados no pacote de privatizações da Alça Viária representam o filé mignon da malha rodoviária do Estado. Trata-se do trecho considerado de maior movimentação de carga, com tráfego aproximado de 10 mil veículos por dia. De resto, a Secretaria de Transportes terá menos trabalho pela frente, o que não significa, necessariamente, que irá melhorar a situação das rodovias consideradas menores.
Senador garante R$ 4,6 milhões
para pesquisa pesqueira no Pará
O senador Zequinha Marinho alocou R$ 4,6 milhões do orçamento federal para o IFPA – instituição de ensino e pesquisa do Pará – criar um Núcleo de Desenvolvimento de Aquicultura como forma de tentar reinserir o Estado no cenário nacional do cultivo de peixes, atividade que explode por vários Estados do País. O investimento é baseado na constatação de que o governo do Pará não enxerga o óbvio e o Estado patina feio quando a pauta é aquicultura.
“A insegurança jurídica, ambiental e sanitária, regulamentação básica para que a atividade se torne legal, profissionalize-se e não coloque em risco o meio ambiente e a saúde das pessoas persiste inexplicavelmente no Pará” – garante um produtor que está se transferindo para o Mato Grosso, a fim de produzir as espécies mais lucrativas – tilápia e panga – e com demanda garantida tanto nos mercados nacional e internacional, mas são proibidas no Estado.
No Pará, especialistas destacam que não faltam recursos humanos, muito menos laboratórios para fortalecer a atividade aquícola; pelo contrário: os números provam por si só que o Pará não investe onde necessita realmente. Com o atual cenário, no caso do projeto, “a ideia é gerar ciência para ciência, já que o resultado do investimento público nunca chegará a quem deveria chegar, o produtor” – garante especialista.
Faltou combinar com a maré
e a natureza, sempre ela, não perdoa
Evento promovido na noite de ontem na Vila de Icoaraci aponta que nem os festeiros de beira de praia leem a tábua das marés, ignorância que tem se manifestado nas últimas semanas em Belém, como no caso da Federação Paraense e clubes de futebol. Nesse caso, duas esquipes com jogo marcado para o CT do Remo, em Outeiro, cuja ponte desabou por fantasmagórica ação de uma balsa, não chegaram ao destino porque a maré estava baixa. Ontem, na confluência da 4ª. Rua de Icoaraci com a Praia do Cruzeiro, foi a vez da maré alta jogar água na fervura. O quiproquó foi grande: era mais quem exigia dinheiro de volta.
Veja o vídeo:
Papo Reto
- O crise é braba no Republicanos, com impactos profundos na Igreja Universal no Pará. O que se diz é que a situação do deputado estadual Fábio Freitas (foto) não é confortável.
- O secretário nacional, Evandro Garla, estaria com reunião marcada com o governador Helder Barbalho para repactuar espaços controlados pelo partido no Estado – Emater, Fasepa, Fábrica Esperança e Sedap, todos por indicação de Fábio Freitas.
- Quem agora aparece com apoio da Igreja para disputar vaga na Assembleia Legislativa é o bispo Arlindo Silva, ex-vereador, ex-secretário da Seel e atual secretário de Segurança de Ananindeua.
- Começou hoje a movimentação nos arraiais políticos com vistas às eleições deste ano, possíveis mudanças de partidos e confirmação de outros atores dentro do tabuleiro.
- É que, até 1° de abril – Dia mentira, mas que também pode também ser da verdade, no caso – está aberto o prazo regulamentar do calendário eleitoral para quem quer mudar de legenda.
- Aviso aos navegantes, ainda que, de certo modo, tardio: sem os votos do interior, não tem capital que eleja um Senador, até porque esses votos representam apenas pouco mais de 20% do eleitorado.
- No fim de semana prolongado de Carnaval, o Detran fez o impensável: aplicação de testes com bafômetro nos horários de ida para balneários como Mosqueio, Vila dos Cabanos e outros, liberando geral nos horários de retorno.
- A China promete investir R$ 10 bilhões na fabricação do primeiro veículo elétrico no Brasil, deixando para trás velhas e tradicionais montadoras. Os chineses compraram a massa falida da Mercedes no País e querem começar a fabricar seus carros em três anos.