É público que o controle do Partido Republicano é da Igreja Universal! Mesmo que a direção da igreja fique nos bastidores políticos, os bônus e os ônus sempre ficam com a direção eclesiástica. Na eleição de 2018, o bispo regional ficou com os méritos, junto a direção nacional da Igreja, pela eleição do primeiro deputado federal do Republicano no Pará, o pastor Vavá Martins, que obteve mais de 158 mil votos. Hoje, a equivocada condução do Republicano no Pará compromete a reeleição de Vavá Martins à Câmara federal, que precisa no mínimo 200 mil votos para se manter em Brasília – votos, diga-se de passagem, que os fiéis da Igreja, sozinhos, estão longe de garantir.
Máquina a meio pau
O que pesa contra os pastores são os trabalhos executados fora da Igreja, tidos como mal conduzidos não é de hoje. Primeiro, devido aos espaços cedidos pelo governador Helder Barbalho, considerados de menor importância no cenário político estadual, sobretudo para um partido do porte do Republicano, que possui um deputado federal, dois estaduais e quatro ou cinco vereadores na Câmara de Belém. Tem ainda o problema das pessoas indicadas pelo Republicano pela Igreja Universal, caso da Emater, cuja direção esbanja falta de habilidade política, com mudanças de comando à base de seis por meia dúzia.
Mateus, primeiro os meus
Na outra ponta, o deputado e presidente estadual do Republicano, Fábio Freitas está mais interessado em usar a máquina disponibilizada pelo Estado para garantir sua reeleição, planejando saltar dos mais de 63 mil votos obtidos nas eleições passadas para 100 mil na próxima – e nesse item, que o digam os funcionários da Emater, que são assediados para ajudar o parlamentar, ainda que com prejuízos às reais funções da empresa. Fábio sabe mais do que ninguém que a fatura da derrota de Vavá Martins cairá no colo do bispo regional, Randal Brito Júnior, o homem que comanda a Igreja Universal no Pará e Amapá.