Propaganda abundante do governo do Estado, turbinada com recursos de mais de R$ 100 milhões, é incompatível com o volume de obras em três anos de administração. Helder tem mais um ano para mostrar a que veio/Agência Pará.

Todo mundo está careca de saber que a propaganda corre farta e generosa no governo Helder Barbalho. Não à toa, os gastos da verba publicitária deram um salto para mais de R$ 100 milhões em 2021, mais do que o triplo do valor gasto pelo governo anterior no mesmo período de um ano. Os intervalos comerciais das emissoras de televisão da família do governador são maciçamente ocupados pela propaganda, de janeiro a janeiro. Mas, diante de tanta propaganda, o espectador se esforça para identificar as obras nos três anos de governo. No balanço geral, as imagens se atêm ao tradicional Instituto de Educação do Pará, que passou por repaginação, aos pilares de uma ponte não identificada e ao Estádio Olímpico Mangueirão, que teve a última grande reforma no governo do Almir Gabriel. 

O que marcou em três anos

Quanto aos hospitais de campanha para atender à pandemia, que também aparecem na propaganda milionária, foram desarmados, restando a má lembrança dos escândalos e das operações da Polícia Federal, inclusive no gabinete e na casa do governador, devido aos supostos desvios de recursos, compra de respiradores que foram pagos e  nunca funcionaram e outras que ainda estão sendo investigadas pela PF e pelo STJ. 

Sobre saúde, desvios e lobista

Já o Hospital Abelardo Santos, que também aparece na mensagem publicitária, também foi obra do governo anterior, só que as contratações de OS pelo atual governo, até hoje, trouxeram mais irregularidades do que atendimento médico eficiente à população. O ponto em destaque foi mais uma operação da PF, que chegou a prender operador o tal do Nicolas Tsontakis, acusado de desviar mais de R$ 500 milhões de dinheiro da saúde.