Não se deve dizer que o Procurador-Geral do Estado, Ricardo Sefer, não é um funcionário público proativo; muito pelo contrário. Quando a maioria dos dirigentes de órgãos públicos se tranca em seus respectivos gabinetes – noves fora os que pleiteiam vaga a cargo eletivo nas eleições de outubro -, por vezes inclusive se negando a receber quem quer que seja, eis que Ricardo Sefer era visto ontem, por volta das 13 horas, em um discretíssimo restaurante em Vila do Apeú, Distrito de Castanhal, a pouco mais de 74 quilômetros de Belém. O PGE chegou ao local em carro oficial – um Chevrolet preto, com motorista – e se amesendou, não tão confortável como se fosse em um dia de domingo.
Desconfortáveis pareciam seus dois interlocutores, um deles, provável empresário de descendência oriental, e o acompanhante. Para saciar a curiosidade: a coluna não faz leitura labial, portanto, também se pergunta: qual seria a missão capaz de tirar o Procurador-Geral do Estado do seu confortável gabinete para uma conversa de longo curso em lugar tão remoto? Dedicação ao trabalho seria uma das alternativas.
Aliás
Outro colega de governo – colega; amigo, nem pensar, fique bem claro – do Procurador-Geral Ricardo Sefer mantém hábitos semelhantes, mas sem sair de Belém. Acostumado a desfrutar, discretamente, os prazeres da vida, o personagem costuma frequentar a residência de um amigo – este sim – que atua na área de construção e mantém gordos contratos com o Estado. Jantam juntos vez por outra e falam de negócios envolvendo – por óbvio, obras do Estado e as particulares, uma delas em construção em um luxuoso condomínio plantado à avenida Augusto Montenegro, onde a coluna, inadvertidamente, conseguiu conversar com funcionários da empresa construtora. Tudo sob medida.
Sobre veículos ‘usados
e abusados’ e rachadinhas
De leitor da coluna: Esse tema sobre ‘uso exclusivo em serviço’ de veículos da frota ou alugados pelo Estado precisaria ser tratado com atenção pelo Ministério Público. Todos os órgãos públicos deveriam ter a indicação visível, como manda a legislação, que, pelo visto, virou letra morta, com a conivência e a hipocrisia geral. Colégios, shoppings, supermercados e salões de beleza são destinos costumeiros de uso da coisa pública para fins particulares ‘na maior cara de pau’, como diria o ex-governador Hélio Gueiros – sem nas infames rachadinhas que engordam invisivelmente a renda de tantas impolutas figuras penduradas na administração pública. Com a palavra, o “fiscal da lei”.
Papo Reto
- O pau canta em Marituba. A prefeita Patrícia Mendes (foto), que não costuma deixar pedra sobre pedra, segue exonerando auxiliares fieis ao ex-marido Moisés Mendes, que, bombardeado, nem sabe mais se irá ou não se candidatar à vaga na Assembleia Legislativa.
- Na briga do rochedo contra o mar, dizem que até a aliança – aliança política – com o presidente da Alepa, deputado Chicão Melo, teria ido a pique, atraindo a ira do governador.
- Foi concorrida a festa de lançamento da produção musical do prefake Edmilson Rodrigues, pá! Mais um ponto acrescentado ao currículo do professor.
- Belém registra o triste aumento de moradores de rua, sendo visíveis, em diversos locais da capital, grupos de moradores ou moradores individualmente dormindo nas calçadas em frente a residências e prédios públicos.
- Na avenida Presidente Vargas, em frente à sede da Assembleia Paraense e da Caixa Econômica Federal, há moradores dormindo diariamente.
- A frota de “fresquinhos” – ônibus com passagens mais caras, mas com ar-condicionado -, que já teve 20 veículos de várias empresas, está reduzid apenas uma em circulação. Isso é que é “vanguarda”, com perdão do trocadilho.
- Ida e vinda para um casal a Fortaleza, no Ceará, no final de abril, completamente fora de alta estação, portanto, pode custar R$ 7.230,00, caso a opção seja a Tam.
- Projeção da produção de alimentos para o biênio 2026-2027, elaborada pela FGV-Agro e divulgada pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, lista os principais países produtores no mundo.
- O Brasil contribuirá com o maior percentual, podendo garantir 41% na ampliação da produção. Depois, pela ordem do estudo, seguem China, 15%; União Europeia, 12%; Estados Unidos, 10%; Austrália e Canadá, 9% e Rússia, 7%. Haja fertilizantes!