O secretário de Saúde de Belém, Maurício Bezerra, e o diretor da Vigilância Sanitária, Adriano Furtado (no detalhe), publicaram nota conjunta a título de orientação à população, mas documento não  é muito claro, conforme o texto/Fotos: Divulgação

A Prefeitura de Belém não teve lá esse capricho todo para orientar a população que, ainda mascarada e com medo do coronavírus e suas cepas variantes agora se vê ameaçada pelo aparecimento de um morcego raivoso encontrado em uma residência no bairro do Marco. Quem sabe o acordo de cooperação celebrado com representantes do “país amigo de Belém”, Cuba, não ajude o Centro de Controle de Zoonoses, mais tarde, a agir com mais acuidade no trato da saúde pública.

Em nota conjunta divulgada nesta semana, o secretário de Saúde, Maurício Bezerra, e o diretor do Departamento de Vigilância Sanitária, Adriano Furtado informaram sobre a positividade de vírus rábico  detectado no morcego e os procedimentos para o controle do foco, segundo as regras do Ministério da Saúde, abrangendo um raio de um quilômetro, durante dez dias, vacinação antirrábica e animais, direcionamento de pessoas com pendência vacinal antirrábica humana para as  unidades de saúde e a captura de morcegos suspeitos.

E a orientação ao distinto público: “...ao encontrar um morcego no domicílio  morto ou com sinais de desorientação durante o dia, favor ligar imediatamente…(textuais).

Pano rápido.

Todo cuidado é pouco

A raiva é uma doença extremamente grave e mata 100% dos doentes. No caso do morcego infectado em Belém, não foi mencionado o tipo – se hematófago, frugívoro ou insetívoro. Se for hematófago, indica risco maior de transmissão para animais domésticos – cães e gatos – e para humanos que moram em residências mais simples ou que têm o hábito de dormir com janelas abertas, como em apartamentos.

Faltam detalhes na nota

Todo caso suspeito da doença deve ser notificado em 24 horas. Pela nota da Sesma, o caso foi notificado no dia 30 de maio, mas a suspeita de ocorrência do morcego com o vírus não consta na nota. O resultado do exame foi liberado no dia 31. Tudo bem que a notificação confirmando o caso foi feita com 24 horas, mas, como não ficou esclarecida a data de coleta do animal suspeito – momento que, pela legislação, a notificação deveria ser feita – não se sabe se houve atraso na notificação, se houve notificação – o que seria o correto – ou se a notificação ocorreu após a confirmação – o que seria errado.