Desempenho da Polícia Rodoviária Estadual ficou abaixo de todas as expectativas ano passado: são raras as retenções de veículos e zero as apreensões, segundo as últimas estatísticas da Secretaria de Segurança Pública. No primeiro caso, a suposta inação dos agentes públicos dispensa a existência de pátios para guardar veículos/Agência Pará.

A estatística da Secretaria de Segurança Pública e de Defesa Social do Pará não teve dificuldades em contabilizar o número de apreensões da Polícia Rodoviária do Estado: a ineficiência é tanta que chegou a quase zero o número de retenções de veículos em 2021. Quando se trata de caminhão de madeira e minério, então – onde, segundo a propaganda oficial, a carga é dada como irregular, mas parece que os veículos são devidamente legalizados -, o resultado é exatamente zero. Vá ver que por isso os postos da Polícia Rodoviária Estadual não precisam de pátio para veículos apreendidos. A corregedoria da Polícia Militar e o Ministério Público Militar, este, sempre tão zeloso, bem que poderiam investigar os segredos desse que se chama o fenômeno “pátio limpo”.

Apagão digital tira Sedap
do ar e aponta para má gestão

Funcionários da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Pesca foram surpreendidos, ontem, com a suspensão dos serviços de internet, supostamente por tempo indeterminado. Motivo: danos irreversíveis nos switches dos servidores. Desde 2015, técnicos da Secretaria alertam sobre o péssimo estado da malha e que o sistema pararia a qualquer momento, caso não fosse corrigido e redimensionado. Pois bem: quem visita a sede da Sedap não tem como não se deparar com a bizarra situação – fios e switches velhos expostos, misturados às pernas dos usuários.

Serviço perdido em dois anos

Com frequência, já aconteciam quedas no serviço, em razão das oscilações na rede elétrica, frustrando trabalhos dos funcionários e, inclusive, adiando reuniões virtuais. A reforma da rede vem sendo adiada há tempos, comprometendo a qualidade dos serviços e o trabalho da equipe técnica efetiva da Secretaria. Detalhe: não faz tempo que a sede passou por ampla reforma estrutural, mas, em menos de dois anos, segundo os servidores, já mostra sinais de deterioração pelo uso de material e serviços de segunda qualidade.