Com opções de lazer únicas, mas sérios problemas de saneamento básico, Ilha do Combu começa a perder fôlego para empreendimentos que se estabelecem em outras ilhas da região/Fotos: Edney Martins.
 

Chama atenção a quantidade de logradouros e negócios que vêm brotando nas ilhas de Belém, já despontando como uma das principais atrações dos finais de semana, mas não custa perguntar a quantas andam as questões sanitárias na região, que mesmo antes dessa ocupação desenfreada já apresentava problemas com água potável.

Na Ilha do Combu, frequentadores assíduos destacam a inviabilidade de alguns lugares, o que vem causando um deslocamento para empreendimentos em outras localidades, como a Ilha das Onças, que, mesmo estando defronte a Belém, pertence ao município de Barcarena.

E a Ponte de Outeiro?

Não custa lembrar: quando é que a população de Outeiro poderá contar com a ponte que lhe permita o ir e vir sem as restrições que lhe são impostas há tanto tempo, sem ninguém dar conta?

Observadores mais atentos destacam que, se a população acordar e perceber a força que tem com os seus votos, pode deixar muita gente frustrada em outubro. Alguns candidatos, atentos a isso, têm marcado conversa com lideranças da ilha.

O “boom” do turismo

O turismo paraense passa por um “boom”, após dois anos de pandemia e todas as regiões do Estado têm desenvolvido o turismo graças ao setor privado, que vem investindo em infraestrutura como parques, resorts, transportes mais modernos, hotéis e programações culturais e de eventos que atraem turistas de todo o País, mas o Estado se mantém apático diante desse quadro de prosperidade.

Terminal mal das pernas

O Terminal Hidroviário de Passageiros de Belém, que vem recebendo milhares de turistas com destino ao Marajó, é um dos que sofrem com essa indiferença. O sistema de ar-condicionado é reincidente em panes, o que, aliás, é um problema também na Estação das Docas.

O espaço já não comporta a quantidade de embarcações para diversos municípios marajoaras e também para outras regiões como Amapá e Amazonas.  E a ampliação prometida para atender novas linhas não caminha, assim como andam a passos de cágado as obras de terminais hidroviários no interior do Estado.