O ato solene de assinatura do decreto de criação da Decor reuniu o governador Helder Barbalho e auxiliares de então – Parsifal Pontes, Pádua Andrade e Iran Lima/Fotos: Agência Pará.
 

A criação, em maio de 2019, pelo governador Helder Barbalho, de diretoria específica para atuar no combate aos crimes relacionados a práticas de corrupção no Pará não rendeu os resultados esperados. A nova diretoria da Polícia Civil deveria atuar em todo território paraense apurando os crimes relacionados à lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores resultantes de atos de corrupção, além de investigar crimes contra a ordem tributária na administração pública, fraudes e atos de corrupção em casos que resultem em danos ao Erário e à moralidade administrativa.

Segundo observadores da cena paraense, a Diretoria Estadual de Combate à Corrupção, Decor, já nasceu capenga, uma vez criada por decreto, contrariando de a Lei complementar 022/94, que disciplina a estrutura da Polícia Civil. 

Entretanto, o que mais chama atenção, além do desempenho raquítico, é a fotografia do ato solene de assinatura do decreto que criou a diretoria: o retrato reúne homens fortes do governo escalados para desempenhar a cruzada de combate à corrupção: o então super chefe da Casa Civil Parsifal Pontes, o ex-ministro e secretário de Transporte Pádua Andrade e o atual candidato à Assembleia Legislativa, Iran Lima.

Vestiram a camisa

Hoje, outro fato chama atenção: a ausência da Decor – diga-se Polícia Civil – nas operações do Ministério Público do Estado contra a corrupção, como a executada semana passada em Vitória do Xingu. Curiosamente, o MP tem feito operações com a Polícia Federal e com os próprios policiais militares lotados na instituição. À Polícia Civil, tanto quanto à Polícia Militar, resta terem vestido a camisa da reeleição, conforme apontam imagens amplamente divulgadas nas redes sociais.

Papo Reto

Divulgação
  • O Detran reúne equipe de estatística, hoje, para ultimar procedimento padrão para certificar municípios que mais cuidaram e cuidam da segurança viária, ou seja, quem mais investiu tempo e dinheiro para reduzir acidentes e mortes no trânsito.
  • A ideia, segundo o diretor Técnico-Operacional, Bento Gouveia (foto), é incentivar os gestores para a criação cada vez mais ade ações que garantam segurança para o trânsito.
  • Na caminhada política do último sábado, em Ananindeua, chamou a atenção a breve presença do candidato ao Senado, Beto Faro.
  • Ao perceber que todo apoio era voltado pera o concorrente Manoel Pioneiro, Faro bateu em retirada – e o governador fez que não viu.
  • Os carros de propaganda eleitoral que circulam no centro de Belém estão abusando dos decibéis – tão altos que nem se entende nome de candidato.
  • A reabertura do Mangueirão, dia 24 de setembro, sábado, será com o jogo Paysandu x Vitória-BA, às 17 horas, último jogo do quadrangular que pode determinar ou não o futuro da equipe paraense.
  • Ao liberar R$ 2,5 bilhões para transporte público de idosos, o governo federal diz atender a necessidade de auxiliar a população mais vulnerável financeiramente, bem como reduzir os impactos da elevação no preço dos combustíveis. 
  • Em palestra na Associação da Classe Média, em Porto Alegre (RS), o ministro Paulo Guedes foi taxativo: a cobrança do IPI precisa acabar, porque desestimula os investimentos produtivos e contribui para a “desindustrialização” do País. 
  • Faz sentido, uma vez que o Brasil vive a maior arrecadação de tributos federais dos últimos 27 anos, mesmo com redução de impostos. 
  • Senão, vejamos: a União ultrapassou R$ 202,5 bilhões de arrecadação em julho, sendo que no acumulado de janeiro a julho deste ano, o total arrecadado ficou próximo a R$ 1,3 trilhão, acréscimo de 10,44%.