Integrantes da ‘Bancada da Amazônia’, seja lá o que isso significa, vereadoras do Psol e do PT em Belém se voltam para trabalhadores do Rio Grande do Sul e se esquecem que a saúde na capital está em frangalhos, com médicos e funcionários sem salários e população sem remédios e atendimento, outra escravidão institucionalizada/Fotos: Divulgação.

Trabalho escravo, ou trabalho análogo à escravidão – para usar termo que pretende fazer de conta que essa prática deixou de existir no Brasil com a princesa Izabel -, é deplorável em qualquer circunstância, inaceitável sobre todos os aspectos e deve ser rigorosamente coibido onde quer que exista, pela infâmia que representa, mas, convenhamos, suas excelências as vereadoras Bia Caminha, do PT, e Gizele Freitas, do Psol parecem ter embarcado no bonde errado na Câmara de Belém. Bonde tem histórias por aqui…

Nesta semana, Bia Caminha e Gizele Freitas deram uma demonstração mais que contundente de que não querem ver a situação caótica em que se encontra a saúde pública na capital, com os prontos-socorros funcionando precariamente, médicos e servidores sem salários e a população na UTI, sem remédios e atendimento quase zero.

Crise que ninguém vê?

Com todo o respeito aos trabalhadores de uma vinícola do interior do Rio Grande do Sul, explorados como animais, a crise é braba em Belém. E tão cruel quanto é o trabalho escravo – ou análogo à escravidão, como prefere o discurso politicamente correto -, mas, para as vereadoras do Psol, parece que não. É a política se sobrepondo ao coletivo.

Silêncio, que silêncio?

O vereador Matheus Cavalcante, do Cidadania, acabou sendo envolvido na manifestação das duas parlamentares acerca do caso dos trabalhadores do Rio Grande do Sul – que defendem, na Câmara de Belém, moção de repúdio e protesto contra fala de um vereador gaúcho supostamente contra os trabalhadores – e foi direto ao ponto: assumiu a tribuna e cobrou promessas de campanha do tipo ‘romper silêncios’, caso da chamada Bancada da Amazônia, que reúne vereadoras do Psol.

Viver e deixar morrer

Matheus Cavalcante é autor da proposta de criação da CPI da Saúde na Câmara de Belém, que pretende destrinchar os descalabros da gestão Ed 50 no setor e, por óbvio, não tem apoio de seus pares, praticamente todos pendurados na bainha das calças do prefeito Edmilson Rodrigues. Na próxima semana, o vereador planeja começar a coleta de assinaturas, certo, desde já, que não alcançará o número exigido pelas regras.

À base de chimarrão

Principalmente das vereadoras Bia Caminha, do PT, e Gisele Freitas, do Psol que, de tão ‘desligadas’ da realidade, e pelo que mostram em plenário, parecem não saber que o Pará é ponta de lança na exploração do trabalho escravo e Belém, desgraçadamente, uma das piores cidades do País no item saúde pública. Bem, o pior cego é aquele que não quer ver… Essa postura das nobres vereadoras merece um brinde. Com chimarrão.