Novo presidente do Comdac, o ex-militante Müller Maia retornou ao Psol a pedido do prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, mas, até agora, não teve tempo de consultar o Estatuto: sua tarefa é perseguir desafetos encastelados na administração municipal e criar nova logomarca, copiada do SUS/Redes Sociais.

A nova direção do Conselho dos Direitos da Infância e da Adolescência de Belém está fazendo “de um tudo”, como diria o colunista Edwaldo Martins, já falecido, menos trabalhar para os fins a que se destina. O atual presidente, Müller Maia, que deixou cargo de conselheiro tutelar, para o qual fora eleito pelo Distrito Dasac, em Belém, para assumir a presidência do Conselho, a convite do prefeito Edmilson Rodrigues, teve que desistir da desistência de militante do Psol para encarar a nova função, retornando às pressas para o partido, conforme manda a desavergonhada conveniência política. O que se diz é que o prefeito não encontrou, ao seu redor, nome mais qualificado para administrar o Comdac.  

“Encarnada e esculpida”

Até o momento, porém, o ex-conselheiro tutelar não fez outra coisa não perseguir desafetos na gestão municipal, além de trabalhar à moda mineira – ou nem tanto – para fazer voltar ao cargo ex-conselheiro tutelar afastado por denúncias de estupro de vulnerável.  E mais: ”a última” brilhante ideia de Müller Mauro prevê mudar a identidade visual da instituição, cuja criação é atribuída ao conselheiro tutelar Renan Miguel, seu adversário político. Müller já sugeriu a mudança ao colegiado, que torceu o nariz: o layout da logomarca proposta pelo presidente é cópia fiel de outra, conhecida nacionalmente, noves fora a palavra SUS, que Müller teve o cuidado de mandar apagar, por óbvio.

Lixão de Marituba: MP aperta
o cerco a Estado e municípios

Cinco promotores do Ministério Público do Pará expediram recomendação conjunta aos municípios de Belém, Ananindeua e ao Estado exigindo providências para a entrega de diagnóstico, diagnóstico social, avaliação territorial e projeto de implementação e ampliação de coleta seletiva, além de reuniões bimestrais pendentes até o momento. A recomendação considera o acordo firmado entre as partes, em agosto de 2021, determinando as obrigações de cada prefeitura e do governo estadual. O acordo prevê reuniões bimestrais  e considera os danos socioambientais e morais sofridos há anos pelo meio ambiente e pela sociedade de Marituba, garças funcionamento irregular do lixão.

Falta um ano para prazo final

O MP também expediu análise técnica indicando a necessidade de atenção com o cronograma, tendo em vista o prazo de vigência do Aterro Sanitário, que deve funcionar até 31 de agosto de 2023. Ou seja, resta apenas um ano e meio para que os municípios e o Estado tomem a decisão técnica viável, o que provavelmente não irá acontecer.