Ordem de serviço publicada ontem pela Seção de Policiamento Preventivo da Polícia Militar do Pará, vinculada ao Departamento Geral de Operações – setor de onde foi exonerado o coronel Pedro Celso, agora comandado pelo coronel Ronald Botelho -, confirma informações da coluna sobre o lançamento de operação de reforço operacional com vistas ao segundo turno das eleições, no próximo dia 30.
A ordem prevê movimentar todo o Comando-Geral da PM, praças e diretores, a partir de hoje, até o dia 1 de novembro, medida considerada na corporação como destinada a desmobilizar a tropa que, a serviço, não poderá exercer o direito de voto, exceto com autorização do chefe da operação. A mobilização geral repercute negativamente nos quartéis.
Direito ao voto cerceado
Segundo fontes da coluna na corporação, é grande o descontentamento na tropa por saber que o estado de prontidão impedirá os militares do “exercício da cidadania”, através do voto. O contingente policial da Polícia Militar do Pará é estimado em cerca de 15 mil homens.
Mapeamento sigiloso
Por uma razão que o próprio comando da PM não revela, a operação, que terá custo estimado de R$ 400 mil, não cita os municípios alvos da fiscalização, mas apenas os Comandos de Policiamento regionais, supostamente porque revelaria aos observadores o mapeamento com a indicação do resultado das urnas no primeiro turno relacionado aos candidatos Jair Bolsonaro e Lula, que decidem a eleição neste mês.
Novo comandante
A quem interessar possa: o coronel Ronald Botelho, que, meses atrás, apareceu nas redes sociais em nudes virais que escandalizaram a sociedade por supostamente terem sido gravados em seu gabinete de trabalho é quem responde pelo Departamento Geral de Operações da PM, no lugar do coronel Pedro Celso, exonerado nesta semana.
Escândalo na caserna
A imagem em que o chefe do Estado-Maior Geral da Polícia Militar do Pará, coronel Ronald Botelho, aparece nu virou alvo de um inquérito policial militar instaurado pela Corregedoria da PM. A suspeita era de que a foto tenha sido feita em um gabinete da corporação. O militar chegou a registrar Boletim de Ocorrência na Polícia Civil alegando tratar-se de fake News. A Promotoria Militar do Ministério Público teria aberto procedimento contra o militar que, no entanto, teria se negado a se submeter a perícia técnica – e o caso aparentemente foi esquecido.