Dramático, raso, caras e bocas: vídeo do prefeito de Belém que circula nas redes sociais desde ontem causou impacto profundo na população, para quem, observando de longe, alguma coisa está fora de ordem na gestão municipal/Fotos: Divulgação-Redes Sociais.

Em vídeo considerado fora da real, prefeito decreta “Belém livre de apartheid”, mas, o que isso significa para a população que anda saltando sobre montes e lixo e se angustia nos hospitais, sem atendimento?

O Dicionário das Famílias Brasileiras, de Antônio Carlos de Almeida Barata e Antônio Henrique da Cunha Bueno, não menciona a árvore genealógica da família Maneschy, cujo filho ilustre, nos tempos atuais, atende pelo nome de Carlos Maneschy, ex-reitor da UFPA, ex-secretário de Estado e candidato à Prefeitura de Belém.  

Através de outras fontes não menos confiáveis, sabe-se que a origem da família Maneschy não é claramente definida ou documentada, mas teria raízes em Portugal e vasta história no Pará. A família teria se estabelecido na região no Século XVIII, tendo desempenhado um papel importante no comércio e na política.

O primeiro membro notável da família Maneschy foi João Batista de Maneschy, nomeado governador do Pará em 1844. Outro membro importante foi Antônio Lemos de Maneschy, que foi prefeito de Belém por três mandatos, entre 1897 e 1912 – todos eles com relevantes serviços prestados ao Estado.

Pois bem: o Maneschy remanescente e famoso, o professor Carlos Maneschy, reapareceu, depois de longo e tenebroso inverno, como quem está ‘nos cascos’ para entrar em outra disputa eleitoral, onde um dos adversários possíveis, vencidos os imbróglios partidários, pode ser o atual prefeito de Belém e suas lambanças atravessadas, como essa que povoou as redes sociais, ontem, com risível decretação da cidade de Belém – que está inteiramente entregue às moscas, aos ratos e aos urubus -, diz que como ‘cidade livre do apartheid”.

Ed 50 perdeu o senso do ridículo; só pode.  

E foi justamente na hipocrisia desvairada do discurso do prefeito Edmilson Rodrigues que o professor Carlos Maneschy entrou, deitou e rolou, como se diz. Veja a postagem, reveja o vídeo.

Nota do redator: ou a população de Belém se encaixa na teoria darwinista segundo a qual “não são as espécies mais fortes que sobrevivem no ecossistema, nem as mais inteligentes, mas sim as que melhor se adaptam”, ou irá sucumbir sob Ed 50.

Vídeo, impacto e torpor;  
segregação e inimigos:  
que nome se dá a isso?

De um leitor atento da coluna sobre o vídeo do prefeito, sem tirar nem por:

 “Ainda estou sob impacto de tamanha asneira. E penso, como Emílio, que isso não pode ser papel de um prefeito: dividir a cidade, segregar um povo, marcá-lo como se fosse gado para ser apontado como inimigo. A convicção de que o governador Helder Barbalho irá elegê-lo de qualquer jeito está levando o prefeito à danação, à perversão ética de fazer, como alcaide, papel que fazia quando parlamentar e representava um partido, ou seja, uma parte, um segmento da sociedade.

A subserviência não o deixa aprender com ele. E a lição número zero que Helder nos dá todo dia é de que governar é a arte de juntar as partes e engolir sapos. Edmilson não quer.

No jardim de infância de sua imaginação, onde se alojou e se abriga, continua a ver a si mesmo como paladino, no entanto, é vencido pelos buracos nas vias, pelos alagamentos intermináveis, pelo lixo que manda na vida cotidiana das pessoas.

Deveria ir à Ilha de Mosqueiro, ver que o abandono que ele pratica vira apartheid social real agora mesmo, bem ali, para pessoas que estão na “Faixa de Gaza” que ele próprio anima e nutre, como um ‘parasita enlouquecido’.