Encontro de longo curso ocorrido na última sexta reuniu em torno da mesma mesa o ex-governador Simão Jatene e o deputado federal Celso Sabino, resultando em uma proposta de acordo que permitirá várias possibilidades com vistas às eleições do ano que vem, entre elas uma candidatura ao governo do Estado capitaneada pelo partido União Brasil, com o próprio Celso Sabino como cabeça de chapa – ou o ex-deputado estadual Márcio Miranda – e envolvendo, no mesmo cenário, Simão Jatene e o atual presidente do PSD, Helenilson Pontes. No encontro, o ex-governador Simão Jatene também deixou claro que “está no jogo”, com ou sem candidatura. Márcio Miranda já integra o Movimento União Brasil.

Palanque está garantido,  
com ou sem candidatura

Criado recentemente a partir da fusão entre o DEM e o PSL, o União Brasil é presidido pelo deputado federal Celso Sabino no Pará. Atualmente, os dois partidos, juntos, têm mais de 80 deputados federais, três governadores e um fundo partidário de R$ 160 milhões, segundo dados do TSE. Qualquer decisão sobre candidaturas às eleições de 2022 no Estado passa, necessariamente, por Celso Sabino, daí o encontro provocado pelo ex-governador Simão Jatene. A proposta posta na mesa por Jatene não descarta a possibilidade de ele não concorrer, mas garante lugar em palanques durante a campanha.

Futuro ainda depende
da convenção do PSDB

O ex-governador do Pará trabalha com um cenário que depende das prévias do PSDB, partido ao qual ainda está filiado, e que deverá decidir quem será o candidato à Presidência da República nas próximas eleições, disputa que envolve os governadores de São Paulo, João Doria, do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite e o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio. Só depois Jatene decidirá seu rumo político, que poderá ser o próprio União Brasil ou outro partido. Correndo por fora, Jatene ainda tem pendência na Justiça.