Presidente da Executiva estadual do PSDB, o deputado federal Nilson Pinto tem acordo com o governador Helder Barbalho pelo qual o partido não lançará candidato próprio ao governo do Pará em troca de uma vaga na Câmara Federal para a mulher dele, Lena Ribeiro/Divulgação.

O que se diz é que o governador Helder Barbalho fez do domingo, dia útil por conta das prévias do PSDB, que acabaram suspensas devido a problemas no aplicativo que seria utilizado para votação. A plataforma não suportou tantos votos simultâneos e a escolha do candidato tucano às eleições de 2022 foi adiada. Alheio a esses atropelos, Helder Barbalho tratou de dedicar o domingo a ligações para todos os prefeitos do PSDB no Pará com a mesma ordem: votar em João Dória.

Partido virou moeda
de troca: toma lá, dá cá

Assim, observadores da cena política avaliam que a parte do PSDB do Pará que está nas mãos do presidente da Executiva estadual, Nilson Pinto, virou mesmo moeda de troca: Nilson quer porque quer uma vaga na Câmara Federal para abrigar a mulher dele, Lena Ribeiro, jurando de pés juntos ao governador Helder Barbalho que o PSDB não terá candidato próprio ao governo no Estado. O temor do governador, porém, decorre do fato de que o voto nas prévias tucanas é secreto e até prova em contrário não é possível garantir a fidelidade de ninguém.

Definição ficou de sair hoje,  
ou no próximo domingo

O PSDB ficou de decidir hoje o futuro das prévias para a escolha do candidato à presidência da República em 2022. O governador de São Paulo, João Doria, e o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio defendem que as prévias ocorram no próximo domingo, 28. A data estava reservada originalmente para a realização de um possível segundo turno. Já Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, defende a retomada da votação entre os correligionários em até 48 horas.