Edição de sábado, 31 de dezembro, de 2022 e domingo, 1 de janeiro de 2023
Imagens obtidas pela Brasil BioFuels e encaminhadas à coluna indicam a presença de Edivaldo Tembé, apontado como líder nas invasões ocorridas no último dia 27 à Fazenda Nippaki, pertencente ao grupo industrial, e que se estenderam durante a manhã do dia 28, quando ocorreu a tentativa de homicídio de funcionário da empresa, que teve o corpo queimado pelos invasores – jogaram combustível e atearam fogo.
Nas fotos é possível observar Edivaldo Tembé durante a invasão da Fazenda Nippaki e também na invasão do polo da BBF em Tomé Açu, no dia 23 de dezembro. A empresa registrou boletim de ocorrência no próprio dia do atentado, 28 de dezembro, na Divisão de Homicídios da Polícia Civil do Pará e aguarda o desfecho do caso.
Pega na mentira
Diferentemente da afirmação do líder indígena Paratê Tembé em nota enviada à imprensa pela Aitta, que nega a participação de integrantes Tembé na invasão, as imagens obtidas pela BBF possuem data, horário e coordenadas geográficas que comprovam a presença de Edivaldo Tembé em ambas as invasões de áreas da empresa.
Paratê Tembé e Edivaldo Tembé são próximos, como demonstram várias imagens que circulam nas redes sociais. A relação de proximidade e parceria que possui com Edivaldo Tembé, identificado de cocar nas imagens das postagens, fica evidente nas imagens postadas nas redes sociais de Paratê Tembé com a presença de ambos em reuniões com autoridades da região. As fotos estão no perfil do Instagram dele.
Fotos não mentem
Na nota enviada por Paratê Tembé em nome da Associação Indígena Tembé de Tomé-Açu, da qual é presidente, ele distorce fatos, ataca a BBF e diz que “as comunidades indígenas de Tomé-Açu nada têm a ver com os atos de violência e que a violência narrada aconteceu a cerca de 100 quilômetros das áreas de ocupação tradicional do povo Tembé”, o que é desmentido pelas imagens que mostram a presença de seu parceiro Edivaldo Tembé durante as invasões.
Um ano de invasões
A BBF reforça que há mais de ano sofre com invasões de suas terras em diversas regiões nos municípios de Tomé-Açu e Acará. Já foram registrados mais de 700 boletins de ocorrência relacionando membros da etnia Tembé, liderados por Paratê Tembé, em ataques contra a empresa, seus funcionários e moradores da região. Os invasores praticam crimes ambientais, incêndios, roubo, furtos, associação criminosa, ameaças, agressões, entre outros.