Imagens encaminhadas à coluna, com áudio, mostram a violência com que os indígenas executam ações com aviso prévio. Empresas insiste que tem feito solicitações recorrentes às autoridades e boletins de ocorrência sem obter respostas/Fotos: Divulgação-Redes Sociais.

Os índios do grupo Tembé estão podendo: na tarde de ontem para a madrugada de hoje, perpetraram mais uma violenta invasão em áreas privadas da empresa produtora de dendê, a Brasil BioFuels, em Tomé-Açu, nordeste do Pará, desta vez agredindo um funcionário, que acabou recebendo um tiro no pé e, no chão, foi besuntado com combustível e queimado.

O trabalhador, identificado com as iniciais A.P.S, foi socorrido por colegas e encaminhado ao hospital de Quatro Bocas, Distrito de Tomé-Açu. O homem, 30 anos, em estado grave – 60% do corpo com queimadura de segundo grau -, foi transferido de táxi aéreo para o Hospital Adventista de Belém.

A empresa já havia registrado boletim de ocorrência no dia 24 dezembro, na Delegacia da Polícia Civil de Quatro Bocas, relatando a informação que circulou entre as comunidades de que o grupo indígena iria invadir mais uma nova fazenda, a Nippaki.

Quinze dias de ataques

Nos últimos 15 dias, a BBF foi vítima de duas invasões em fazendas estratégicas na região – Marrocos e Chinomya – e vítima de invasão em seu polo de Tomé-Açu, onde trabalham mais de 1 mil funcionários. Naquele episódio, dia 23 de dezembro, os invasores entraram armados pela portaria da empresa em caminhonetes, pequenas picapes e outros veículos menores, com cerca de dez pessoas, incendiaram pneus e ameaçaram trabalhadores que assustados da  agrovila.

No último dia 20, a BBF registrou em boletim de ocorrência de número 00481/2022.102467-8, Delegacia de Quatro Bocas, a ameaça dos líderes indígenas Paratê Tembé e Lucio Tembé, de que iriam invadir a sede da empresa. Os indígenas já haviam invadido a Fazenda Marrocos.